De modo geral, raramente perco um filme francês. Tinha por isso que ir ver "A família Bélier", muitíssimo publicitado, com Louane Emera como protagonista e canções de Michel Sardou, de quem não sou fã, de todo.
Ainda assim, tinha muita curiosidade e expectativas elevadas, talvez por causa de tudo o que entretanto lera e ouvira sobre a actriz principal, de quem até já falei aqui.
E foi uma decepção. O filme conta uma história banal, a puxar ao melodrama e ao sentimentalismo, sustentados na incapacidade de falar e de ouvir de uma parte considerável das personagens. Com umas pinceladas de humor e de ternura, não deixa de ser uma imensa pieguice, onde não faltam todos os lugares-comuns próprios do género de filme feito para agradar a toda a família e apelar aos bons princípios.
Mas há depois Louane Emera, que é o filme todo. De facto, percebo agora melhor a atribuição do César da actriz revelação, e entendo perfeitamente o furor que tem feito em França. Porque para além de uma voz excepcional, tocante e cristalina, há nela a frescura e a simplicidade da menina-mulher, uma graça natural que cria empatia com quem a vê e ouve, e um talento que se adivinha poder ir muito mais longe.
Impossível ver a cena da audição, em que interpreta a canção Je vole acompanhada de linguagem gestual, sem nos comovermos e deixarmos levar pela graça genuína da sua imensa capacidade interpretativa. Temos artista, sim senhor!...
E foi uma decepção. O filme conta uma história banal, a puxar ao melodrama e ao sentimentalismo, sustentados na incapacidade de falar e de ouvir de uma parte considerável das personagens. Com umas pinceladas de humor e de ternura, não deixa de ser uma imensa pieguice, onde não faltam todos os lugares-comuns próprios do género de filme feito para agradar a toda a família e apelar aos bons princípios.
Mas há depois Louane Emera, que é o filme todo. De facto, percebo agora melhor a atribuição do César da actriz revelação, e entendo perfeitamente o furor que tem feito em França. Porque para além de uma voz excepcional, tocante e cristalina, há nela a frescura e a simplicidade da menina-mulher, uma graça natural que cria empatia com quem a vê e ouve, e um talento que se adivinha poder ir muito mais longe.
Impossível ver a cena da audição, em que interpreta a canção Je vole acompanhada de linguagem gestual, sem nos comovermos e deixarmos levar pela graça genuína da sua imensa capacidade interpretativa. Temos artista, sim senhor!...
Num filme francês nem tudo se perde.
ResponderEliminarBeijos
Eu adoro, nem que seja pelo simples prazer de rever Paris ou de ouvir a língua que é para mim a mais bonita de todas. :)
EliminarBeijinho
Isabel
ResponderEliminarPelos vistos... também foi ao pote e não tinha mel. O filme resume-se a essa cena final. Mas eu já estava tão cheia de melodrama que nem essa me comoveu.
E, creia, a falta de voz é algo que me toca profundamente.
Bjo
Ahahah! Adoro a metáfora ;)
EliminarEu continuo a achar que o filme é medíocre e apenas Louane o faz brilhar, porque ela parece-me, de facto, uma "estrela" muito promissora.
Beijinho