Não sei por que razão, mas apesar de já ter este tamanho todo, ainda tenho aquela coisa meio infantil de quando me sinto doente me apetecer chamar pela minha mãe. E lembro o tempo antigo em que me bastava o seu colo, primeiro, e depois a sua mão, ou o sorriso sereno, para apaziguar as minhas dores. As dores físicas e as outras. Mesmo as que ela só intuía, porque havia muita coisa que eu não lhe queria contar.
Agora fica-me o grito preso no lado de dentro da vontade e não o faço. Por pudor. E, sobretudo, porque sei que agora é ao contrário, que ela precisa mais de mim do que eu dela, e que me cabe ser apenas uma parte de tanto que ela foi para mim em tantos anos.
Por isso, hoje, esqueci a febre e a gripe e fui vê-la. Por motivos diferentes, ambas precisávamos desse encontro, ritual de todos os nossos Domingos. E, além disso, sei que provavelmente haverá um dia em que nem isso terei; e quero aproveitar ao máximo o tempo que temos para estar juntas.
E é tão grande a nossa cumplicidade e tudo o que nos une, que consigo ver na maneira como me olham aqueles magníficos olhos verdes o que tantas vezes não lhe chega às palavras; e sei que ela percebeu que eu não estava nos meus melhores dias. Gosto de pensar que, além do Brufen - que faz milagres -, o que na verdade me tirou a febre e me fez melhorar foi, acima de tudo, aquele nosso abraço.
Agora fica-me o grito preso no lado de dentro da vontade e não o faço. Por pudor. E, sobretudo, porque sei que agora é ao contrário, que ela precisa mais de mim do que eu dela, e que me cabe ser apenas uma parte de tanto que ela foi para mim em tantos anos.
Por isso, hoje, esqueci a febre e a gripe e fui vê-la. Por motivos diferentes, ambas precisávamos desse encontro, ritual de todos os nossos Domingos. E, além disso, sei que provavelmente haverá um dia em que nem isso terei; e quero aproveitar ao máximo o tempo que temos para estar juntas.
E é tão grande a nossa cumplicidade e tudo o que nos une, que consigo ver na maneira como me olham aqueles magníficos olhos verdes o que tantas vezes não lhe chega às palavras; e sei que ela percebeu que eu não estava nos meus melhores dias. Gosto de pensar que, além do Brufen - que faz milagres -, o que na verdade me tirou a febre e me fez melhorar foi, acima de tudo, aquele nosso abraço.
ResponderEliminarÉ isso mesmo Isabel!! Tente aproveitar até à exaustão. Porque, acima de tudo, a nossa consciência deve ficar muito satisfeita.
Subscrevo o "Brufen" e as melhoras milagrosas. O "600" evita uma toma :)
Bom ano para si.
Beijinho
Tento mesmo, Teresa! O Brufen é óptimo, mss mesmo assim ainda paso hoje no médico. Um bom ano também para si., Tetesa.
EliminarBeijinho
Teresa
EliminarÉ um nome que me é muito familiar - é o nome da minha irmã - e mesmo assim engano-me... ;-)
EliminarNão me atrevo a comentar o que de maravilhoso encontrei neste seu texto.
ResponderEliminarBeijinho e boa semana, Isabel.
Obrigada, António. Retribuo o beijinho e desejo-lhe também uma boa semana.
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