Por uma razão qualquer que não sei explicar, há lugares especiais, que um dia fazemos nossos e passamos a sentir que nos pertencem, que conseguem levar-nos até ao mais profundo de nós e nos dão uma imensa e revigorante paz interior. É que, apesar de nos serem mais ou menos familiares, olhamo-los sempre com o assombro e a surpresa da primeira vez, porque há neles uma magia e um encantamento que nos fazem sentir bem, que nos serenam. Como uma casa. Como um colo grande e bom.
Este jardim é para mim um desses lugares mágicos onde o tempo parece suspender-se e é possível ficar imóvel, sem pensar em nada, apenas a sentir o ar e a deixar-me arrebatar pela perfeição de um momento puramente contemplativo e por aquela boa sensação que me faz ganhar um alma nova.
O que sinto nele é semelhante ao que sinto diante do mar, no Rocío, num fim de tarde junto ao rio, que pode ser Tejo, Sena, Guadalquivir, ou em casa, no meu sofá, em harmonia com o meu mundo, deixando o tempo correr, sem pressa nem horas marcadas, em entorpecida e purificadora languidez.
O que sinto nele é semelhante ao que sinto diante do mar, no Rocío, num fim de tarde junto ao rio, que pode ser Tejo, Sena, Guadalquivir, ou em casa, no meu sofá, em harmonia com o meu mundo, deixando o tempo correr, sem pressa nem horas marcadas, em entorpecida e purificadora languidez.
E ainda há quem diga que a preguiça, mesmo só de vez em quando, não é boa...
(Fotografia de Paulo Abreu e Lima)
Há, de facto, muitos locais que transpiram Paz.
ResponderEliminarNão imagina, Isabel, a Paz que sinto quando entro numa Igreja e me sento a admirar tudo.
Igreja vazia, ou quase, faz-me rejuvenescer a alma.
Um exemplo apenas: Bom Jesus de Braga.
Beijinho, Isabel
Tem razão, António. Há no silêncio de uma igreja vazia, também, uma paz imensa. A última vez que senti isso de uma forma especial foi em Triana (Sevilha) numa pequena igreja onde está a imagem do Cristo del Cachorro. O Bom Jesus de Braga não me lembro bem, porque há muito muito tempo que não vou lá.
EliminarBeijinho