Gosto do CCB. Do espaço, da localização junto ao rio, da organização e dos eventos. Se calhar passei a gostar ainda um pouco mais quando foi Vasco Graça Moura a dirigi-lo e, entre muitas outras coisas, deu à Literatura e às Humanidades o lugar de destaque que deveriam ter sempre. E recusou-se à aplicação do AO.
Neste fim de semana, porém, mudei ligeiramente de opinião. Por isto: no final de um magnífico espectáculo de Luís Represas, um grupo alargado de pessoas que queria ir aos bastidores cumprimentá-lo, como é habitual, viu-se impedido de o fazer por meia dúzia de meninos imberbes e engravatados, com tiques de segurança de discoteca de quinta categoria.
Diziam que não podiam entrar mais de quinze pessoas e que se tratava de "ordens superiores". As quais contrariavam indecente e despudoradamente a vontade do artista, de ter junto de si familiares e amigos. Mas isso parecia, no caso, irrelevante.
Quem conhece o Luís, de resto, sabe bem com que alegria e carinho recebe sempre toda a gente que o quer abraçar e felicitar no final dos concertos. E, até, como somos já de certo modo uma família os que nos costumamos encontrar todos depois lá dentro, nos bastidores.
As pessoas (e eram muitas) esperavam ordeiramente, cheias de paciência. Mas não adiantava. Não queriam saber de nada. Mantinham-se imperturbáveis, comunicando por auriculares sabe Deus com quem, e afiançavam que "as regras tinham mudado".
Uma vergonha inexplicável, a qual motivou um comunicado do Luís, hoje mesmo divulgado via Facebook. Dizia assim:
Diziam que não podiam entrar mais de quinze pessoas e que se tratava de "ordens superiores". As quais contrariavam indecente e despudoradamente a vontade do artista, de ter junto de si familiares e amigos. Mas isso parecia, no caso, irrelevante.
Quem conhece o Luís, de resto, sabe bem com que alegria e carinho recebe sempre toda a gente que o quer abraçar e felicitar no final dos concertos. E, até, como somos já de certo modo uma família os que nos costumamos encontrar todos depois lá dentro, nos bastidores.
As pessoas (e eram muitas) esperavam ordeiramente, cheias de paciência. Mas não adiantava. Não queriam saber de nada. Mantinham-se imperturbáveis, comunicando por auriculares sabe Deus com quem, e afiançavam que "as regras tinham mudado".
Uma vergonha inexplicável, a qual motivou um comunicado do Luís, hoje mesmo divulgado via Facebook. Dizia assim:
Quero pedir desculpa a todos os amigos, família e convidados que ficaram retidos sem poder entrar no Bar dos Artistas e assim, como é hábito, trocarmos abraços e carinho. Infelizmente o CCB adoptou recentemente regras e comportamentos inqualificáveis quanto a este procedimento que sempre se regeu pelo mais elementar bom senso. Lamento. Os actos ficam para quem os pratica.
Luís Represas
Luís Represas
Por mim, mesmo tendo acabado por conseguir entrar, depois de algum tempo de espera e utilizando a minha experiência destas coisas, considero que isto mancha a imagem do CCB. E não sei o que a nova direcção terá a ver com isto, mas por instantes tive saudades da inteligência e da sensatez de VGM.
Enfim, o episódio, em si mesmo lamentável e ridículo, não chegou para afectar a magia e o encanto de uma noite especialíssima. Mas, como diria o outro, "não havia necessidade"...
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