quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Saudades de Espanha


Gosto de Espanha, já se sabe. Do flamenco, das palmas e olés. Dos cavalos e dos touros. Dos lunares, dos abanicos e das castanholas. E de todos os tópicos que lhe estão associados.
E tenho às vezes saudades daquela alegria genuína que se estende noite fora, que mistura risos com copos e charlas de amigos, sem fronteiras, nem nada a separar-nos; e por isso os nossos encontros duram quase sempre até que o sol e a claridade anunciem  um novo dia.
Há memórias inesquecíveis dessas noites de festa, com momentos obrigatórios, com sevillanas e rumbas e a inevitável Maria la Portuguesa, quando já  a noite vai alta e bem regada de cañas, de tintos de verano, de rebujitos, de cubatas, ou seja do que for; e tudo aos berros:

 ¡Ay, María la portuguesa!
Desde Ayamonte hasta Faro
se oye este fado por las tabernas.
¿Dónde bebe viño amargo?
¿Por qué canta con tristeza?
¿Por qué esos ojos cerrados?
Por un amor desgraciado,
por eso canta, por eso pena.
¡Fado! porque me faltan sus ojos.
¡Fado! porque me falta su boca.
¡Fado! porque se fue por el río
¡Fado! porque se fue con la sombra.
 
  

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