Leio, no blogue de um amigo, entendido nestas coisas, o mais interessante texto sobre o assunto do dia. Diz assim:
Hoje, dia de eclipse solar total dentro do Círculo
Polar Ártico (paralelo da latitude 66º33'44''N) e parcial em Portugal, uma
jornalista da TSF perguntava ao seu correspondente, pousado no norte da Noruega,
se o Sol já estava completamente tapado pela Lua e, desta forma, voltava a ser
noite. O colega, a tiritar de frio (estavam 24º negativos), disse que ainda não,
que o Sol ainda não tinha desaparecido, porquanto ainda não ficara noite.
Meus caros, ainda não ficara, nem nunca irá ficar noite.
Acaso quando o sol está completamente coberto por nuvens escuras fica noite? Não
só não fica como posso assegurar que a visibilidade é menor do que num eclipse
total do Sol. Quando este ocorre são visíveis duas porções: a umbra e a
penumbra. A umbra é a parte do Sol completamente sombreada pela Lua; a penumbra,
ou fímbria, é aquela luz em forma de auréola que denuncia a presença do Sol
atrás da Lua. Esta luz faz mais claridade que qualquer dia intensamente
nublado.
Estes mitos, muito enfatizados pela comunicação social,
fazem-me lembrar aquela parte de "As minas do Rei Salomão", traduzido por Eça de
Queiroz, em que o herói é salvo por um eclipse que diz ao chefe da tribo dos
indígenas ter profetizado, fazendo dele uma espécie de deus. Aqui, os indígenas
e papalvos somos nós.
Eclipses à parte, também é hoje, às não sei quantas da noite, segundo dizem, que chega oficialmente a Primavera. E eu gosto tanto disso!...
Sem comentários:
Enviar um comentário