Nos homens, como nas mulheres, agradam-me cada vez mais as marcas visíveis da passagem do tempo, nas quais não vejo qualquer sinal de decrepitude, mas antes a lúcida sensatez de quem acumulou vivências múltiplas e se permite ainda as mais arrebatadas e extravagantes loucuras, por se importar menos com as opiniões alheias.
Com a idade, parece-me, é maior o que se ganha do que o que se perde. Perde-se muito em energia e frescura, mas ganha-se em confiança e em calma; aprende-se a viver melhor e mais devagar, a desfrutar as coisas boas e belas, sem a avidez da juventude. Por isso, é-se também mais exigente nas escolhas, porque deixa de se querer tudo e de querê-lo no imediato. Lida-se melhor com o que se é, incluindo fragilidades e medos, que se conhecem de trás para a frente, pelo direito e pelo avesso. Assumem-se emoções e vontades, vive-se cada momento na sua imensa plenitude, é-se até, talvez, mais genuíno. Pode a pele enrugar-se e emurchecer, ou o olhar perder o fulgor de outrora, mas não esmorece a alma, nem deixa de pulsar o coração.
Diz-se que a idade está mais no espírito com que se vive do que no número que consta do bilhete de identidade, e eu só posso concordar. De facto, dos vinte aos oitenta, tenho amigos de todas as idades; já no que diz respeito ao amor, não teria agora a menor paciência para um "menino"...
Com a idade, parece-me, é maior o que se ganha do que o que se perde. Perde-se muito em energia e frescura, mas ganha-se em confiança e em calma; aprende-se a viver melhor e mais devagar, a desfrutar as coisas boas e belas, sem a avidez da juventude. Por isso, é-se também mais exigente nas escolhas, porque deixa de se querer tudo e de querê-lo no imediato. Lida-se melhor com o que se é, incluindo fragilidades e medos, que se conhecem de trás para a frente, pelo direito e pelo avesso. Assumem-se emoções e vontades, vive-se cada momento na sua imensa plenitude, é-se até, talvez, mais genuíno. Pode a pele enrugar-se e emurchecer, ou o olhar perder o fulgor de outrora, mas não esmorece a alma, nem deixa de pulsar o coração.
Diz-se que a idade está mais no espírito com que se vive do que no número que consta do bilhete de identidade, e eu só posso concordar. De facto, dos vinte aos oitenta, tenho amigos de todas as idades; já no que diz respeito ao amor, não teria agora a menor paciência para um "menino"...
(Fotografia de Juan José Troyano)
Concordo plenamente com o que escreve. A idade é um estado de espírito.
ResponderEliminarÉ, ainda que às vezes nos pese no corpo. Por exemplo: recuperar de uma longa noite (daquelas à espanhola), torna-se mais lento e mais penoso... ;)
EliminarDe resto tenho as mais variadas idades, até durante o mesmo dia. E raramente a que tenho de facto.
Acho que, provavelmente, seremos todos um pouco assim.
Gostei da ideia de termos as mais variedades idades ao longo do mesmo dia. Eu também sinto isso!
ResponderEliminarAcho que sentimos todos, mais ou menos... :)
EliminarBeijinho
Gostei muito de ter passado por aqui. Vou ficar.
ResponderEliminarConcordo com tudo o que escreveu.
Beijo.
Nita
Obrigada. Seja bem-vinda.
EliminarBeijinho