terça-feira, 21 de julho de 2015

Canções da minha vida (XVI)

 
Numa altura em que ouvia muita música brasileira, esta canção causava-me sempre um certo mal-estar, mais concreto ou mais difuso, que se situava algures entre a aflição, a tristeza e a angústia. 
Hoje, lembro-me dela ainda, a espaços, quando em nome dos nossos inúmeros afazares, mil e uma ocupações, correrias várias a que gostamos de chamar "responsabilidades", ou apenas utilizando-as como pretexto, vamos tantas vezes adiando, repetidamente, o encontro com quem nos é próximo.
E depois chega o momento, inevitável, em que somos como estranhos e já pouco ou nada temos a dizer-nos.

4 comentários:

  1. Sabe, Isabel, às vezes é bom saber que há pessoas que transmitem sentimentos que se assemelham aos nossos para não pensar que tenho um parafuso a menos (risos) Por coincidência, e apesar de apreciar bastante o Chico Buarque, tem uma das suas composições que detesto! Não por ser feia,, não senhora! Todavia cria-me um mal-estar inexplicável...Trata-se da" Banda!" Que coisa esquisita esta que não há maneira de perceber... Tenho, pelo menos, mais outras duas músicas de outros cantores, mas ao menos sei as razões...
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um parafuso a menos temos todos mais ou menos, Madalena... :P
      Mesmo os cantores de que mais gostamos têm canções que não nos tocam, ou irritam ou desagradam. Acho que acontece a toda a gente.
      Beijinho

      Eliminar
  2. O problema maior é quando se gosta imenso da canção e se não aprecia o cantor...
    Ultimamente acontece-me isso com Caetano Veloso, desde que ele se permitiu referir-se a Portugal em termos pouco elogiosos...
    Bjo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Isso é mais raro, Helena, acho eu...
      Não sabia que Caetano se tinha referido a Portugal em termos pouco elogiosos, mas tem canções magníficas (quase todas...) e já o vi ao vivo várias vezes e também gostei muito.
      Beijinho

      Eliminar