domingo, 7 de fevereiro de 2016

Uma delicada subtileza


O que há talvez de mais tocante no filme Carol é o silêncio e os detalhes. Claro que também conta a magnífica fotografia e o ambiente anos 50 como pano de fundo. E, acima de tudo, duas excelentes interpretações: Cate Blanchett, com muitas provas dadas, a mostrar uma vez mais a grandeza do seu talento na típica femme fatale, sedutora, altiva e enigmática; e Rooney Mara, que tem em si qualquer coisa de Audrey Hepburn, a ganhar força e consistência à medida que Therese vai assumindo para si mesma a sua identidade sexual, ambas possuidoras daquela mistura de força e fragilidade tão especialmente femininas.
Este é um filme de uma grande delicadeza e elegância, de sentimentos que se ocultam e se revelam por força dos constrangimentos da época, de palavras que não se dizem, de olhares intensos e gestos contidos: e não será por acaso que nunca a palavras homossexualidade é mencionada. É tudo isto que faz a originalidade do filme e que o torna bonito e emocionante. Vale a pena ver, pois claro... 

2 comentários:

  1. Vi hoje o filme Carol...O que mais posso acrescentar para além do que já li. Está tudo dito. Gostei de ver a elegância das roupas dos anos 50. Há quem não goste, mas eu gosto. Cate Blanchet é daquelas criaturas de Deus dotadas de atributos raros .
    Beijinho.

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    1. Sem dúvida, Madalena. Grande parte do sucesso do filme vem da força e magnetismo de Cate Blanchett.
      Beijinho.

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