domingo, 12 de julho de 2015

Cinema Francês



Gosto muito de cinema francês e não apenas por causa da língua, que sempre me apaixonou. Há actores e realizadores que são para mim garantia de qualidade e que, por isso, raramente perco. O cinema francês tem em Catherine Deneuve um dos seus nomes maiores, uma daquelas raras actrizes que enche o écran e faz qualquer filme valer a pena.
L'homme qu'on aimait trop ("O homem demasiado amado", em português), de André Téchiné, não é excepção.
Baseada numa história verídica, situada nos anos setenta na Côté d'Azur e ainda não totalmente resolvida na justiça, o argumento é uma adaptação do livro Une femme contre la mafia escrito pela própria protagonista e pelo seu filho, Renée e Jean-Charles Le Roux. É a história de uma vingança, de uma paixão exacerbada, de um desaparecimento mais ou menos misterioso, em que o dinheiro, o poder e a sedução têm um papel fundamental. Mas é também, sobretudo, um retrato sobre a complexidade da relações entre as pessoas.
Para a eficácia do que nos é contado, que faz a ficção parecer real e vice-versa, muito contribui o talento dos actores, com especial destaque para os papéis femininos de Agnès e Renée Le Roux, magistralmente interpretados por Adèle Haenel e Catherine Deneuve, sempre igual a si mesma, isto é: uma diva!

2 comentários:

  1. C.Deneuve é uma mulher linda. O cinema francês é muitas vezes bem interessante.
    Mas em Portugal tem um número reduzido de .espectadores.
    Um filme delicioso "O preço da fama", quando o fui ver havia três pessoas na sala.
    Por isso cada vez menos chegam a Portugal filmes franceses, lamentavelmente, digo
    eu.

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    1. Linda sim, embora já tenha umas plásticas. Ainda assim, consegue manter o "aplomb" que faz dela uma grande senhora.
      Eu gosto muito de cinema francês e vejo quase tudo. Há mais do que parece, apesar de tudo. Não concordo que cheguem cada vez menos a Portugal, pois, embora sejam às vezes menos falados de que os outros. Mas isso acontece com todo o cinema europeu e não apenas com o francês.
      Há por exemplo uma sala do Amoreiras que só passa filmes franceses. O Nimas tem também organizado uns ciclos. O de Agosto é inteiramente dedicado a Jacques Tati.
      Há poucos espectadores, mas não apenas nos filmes franceses. Todos os filmes que não são muito comerciais têm poucos espectadores. E as pessoas preferem, não sei como, ver filmes na televisão, em casa. Para mim é completamente diferente. E o cinema é um prazer imenso. Mas tem que ser em écran grande, sala escura, com gente que desconheço. Faz parte da magia...

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