domingo, 25 de outubro de 2015

Mudou a hora


É quando muda a hora que o Outono assume toda a sua plenitude, na beleza nostálgica dos caminhos cobertos de folhas, nos tons dourados e castanhos das árvores que dominam as ruas, as praças e os jardins, na aragem dos dias que vão ficando mais frios, ou nas noites que chegam demasiado cedo; e também nos tons escuros ou cinzentos das roupas, na alegria que parece esmorecer, como se até a vida se virasse um pouco mais para dentro.
Mas, no fundo, todas as estações têm o seu encanto e significado próprios e é essa alternância que as torna maravilhosas. Eu prefiro a Primavera, explosão de cor, de luz e de alegria, mas logo depois o Outono, todo tristeza, contenção, recato, poesia. 

 (Fotografia de Paulo Abreu e Lima)

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