assim (como hei-de
dizer?) amor
sim amor contigo
muitas (meudeus!) vezes
com preguicinhas boas
tolices ao ouvido
revoadas de beijos
repentes dentes
olhares pestanejados com carinho
oh
nem terei nome
serei "o coiso" "esse aí" o "como
é que ele se chama?"
o que dorme singelo
o que ninguém ( ai ai) ama.
Alexandre O'Neill
(Lembrei-me deste poema de O'Neill a propósito do irritante dia de hoje e de toda a piroseira que lhe está associada.
Não é querer ser do contra, mas gosto, muitas vezes, de não seguir a tendência. E há certas convenções que não me fazem sentido algum.
E porque sou muito mais Cupido que São Valentim, prefiro celebrar o amor nos outros dias todos do ano, e em especial no assombro do inesperado que surge sem aviso prévio e me vira do avesso, do que ceder a fazer como os outros fazem, aos mil coraçõezinhos iguais, aos beijos obrigatórios só porque "é dia disso", ao anel no dedo ou uma rosa patética igual à de toda a gente, com se o amor pudesse marcar-se na agenda, com dia e hora, como uma tarefa mais.
Por isso, hoje, ponho o amor entre parênteses e deixo as comemorações para os gestos e momentos imprevistos, sem exibicionismos, vindo do mais fundo do afecto e do sentimento, e vividos no secretismo de uma intimidade só nossa...)
Veja como abordei o assunto lá no meu 'casarão'.
ResponderEliminarLeve, levemente :)
Beijinho, Isabel.
Verei. Depois...
EliminarBeijinho para si também
Também não gosto de seguir as datas impostas e apenas fiz um bolinho para o serão. Ainda mais vamos ficar sozinhos, já que a filhota vai comemorar o dia com o namorado. Portanto vamos ter algo de doce para comermos.
ResponderEliminarBom fim de semana
Claro que eu exagero um pouco, Joana... Mas é que detesto o espírito "Maria vai com as outras...", ainda mais associado ao amor.
EliminarBom fim de semana também para si.