Há actores de que eu não gosto nada. É o caso, entre outros, de Leonardo Dicaprio, de Kevin Costner, ou de Mel Gibson. E também de Tom Hanks. Nunca seria pois por causa dele que iria ver este filme. Seria até razão suficiente para me demover.
Mas havia Emma Thompson. E havia também Mary Poppins que, pelo menos para as pessoas que têm mais ou menos a mesma idade que eu, faz parte do nosso imaginário infantil.
Este foi um fim de semana especialmente cinéfilo, com o tempo a convidar ao recolhimento e o ambiente escuro, quente e acolhedor da sala de cinema a levar-nos para outro tempo, contando-nos uma boa história.
Vi dois filmes. Ambos marcados pela fortíssima presença de duas excelentes actrizes, num e noutro caso figuras centrais da narrativa. Ambos baseados em factos verídicos. E, apesar da singularidade de cada história, os dois abordam o tema do perdão e da relação com um passado que de certa maneira constrange e atormenta o presente. E a forma de se libertar disso.
Saving Mr. Banks ("Ao encontro de Mr. Banks", em português) situa-nos no início dos anos sessenta e conta o processo da adaptação ao cinema de Mary Poppins, um clássico da história do cinema, e em particular da prolongada e difícil luta de Walt Disney pelos direitos de autor.
Emma Thompson é genial na construção da personagem de Pamela Lyndon Travers, misteriosa e complexa como todas as mulheres, assombrada pela sua história de infância, que surge em narrativa paralela através de constantes e por vezes demasiado pormenorizados flasbacks, capaz de se enternecer e sonhar para lá da sua apenas aparente rispidez e inflexibilidade. (É deliciosa a relação de empatia que estabelece com Ralph, - e que consegue levar-nos atrás - o inesquecível motorista, interpretado por Paul Giamatti).
O filme de John Lee Hancock não se compara a Philomena. Não é um grande filme, mas não deixa de ser interessante, de nos fazer sorrir e de nos distrair durante duas horas. Por isso vale a pena vê-lo, quanto mais não seja pela excelente interpretação de Emma Thompson que, apesar de muitas provas dadas, demonstra aqui, uma vez mais, a força do seu enorme talento.
Mas havia Emma Thompson. E havia também Mary Poppins que, pelo menos para as pessoas que têm mais ou menos a mesma idade que eu, faz parte do nosso imaginário infantil.
Este foi um fim de semana especialmente cinéfilo, com o tempo a convidar ao recolhimento e o ambiente escuro, quente e acolhedor da sala de cinema a levar-nos para outro tempo, contando-nos uma boa história.
Vi dois filmes. Ambos marcados pela fortíssima presença de duas excelentes actrizes, num e noutro caso figuras centrais da narrativa. Ambos baseados em factos verídicos. E, apesar da singularidade de cada história, os dois abordam o tema do perdão e da relação com um passado que de certa maneira constrange e atormenta o presente. E a forma de se libertar disso.
Saving Mr. Banks ("Ao encontro de Mr. Banks", em português) situa-nos no início dos anos sessenta e conta o processo da adaptação ao cinema de Mary Poppins, um clássico da história do cinema, e em particular da prolongada e difícil luta de Walt Disney pelos direitos de autor.
Emma Thompson é genial na construção da personagem de Pamela Lyndon Travers, misteriosa e complexa como todas as mulheres, assombrada pela sua história de infância, que surge em narrativa paralela através de constantes e por vezes demasiado pormenorizados flasbacks, capaz de se enternecer e sonhar para lá da sua apenas aparente rispidez e inflexibilidade. (É deliciosa a relação de empatia que estabelece com Ralph, - e que consegue levar-nos atrás - o inesquecível motorista, interpretado por Paul Giamatti).
O filme de John Lee Hancock não se compara a Philomena. Não é um grande filme, mas não deixa de ser interessante, de nos fazer sorrir e de nos distrair durante duas horas. Por isso vale a pena vê-lo, quanto mais não seja pela excelente interpretação de Emma Thompson que, apesar de muitas provas dadas, demonstra aqui, uma vez mais, a força do seu enorme talento.
Como Walt Disney teve de penar e, no final, conquistar a autora de Mary Poppins para poder fazer o seu clássico da história do cinema. É este o centro de «Ao Encontro de Mr. Banks».
ResponderEliminarTom Hanks, 'tem dias' ou ... 'tem filmes'.
Emma Thompson é Emma Thompson e está praticamente tudo dito.
Nem uma palavra para a interpretação de Colin Farrell?
O rapaz merece.
Uma única nomeação para os óscares: melhor banda sonora original. É pouco.
Beijinho e boa semana, Isabel.
Não vi todos os filmes de Tom Hanks, mas dos que vi foi em Philadelphia que me pareceu melhor. E, mesmo assim - e ainda hoje falava disto ao almoço com um amigo - se em vez de Tom Hanks estivesse um actor menos "sensaborão" o filme poderia ter ainda maior força e impacto. Mas isto é apenas a minha opinião, como todas, subjectiva até mais não.
EliminarColin Farrell já me parece bastante mais "jeitoso", digamos assim, mas neste filme, apesar de não estar mal, é quanto a mim, como os demais, ofuscado pelo brilho e presença de Emma Thompson, ela sim, a merecer uma nomeação.
Beijinho para si também.