domingo, 2 de fevereiro de 2014

Uma homenagem merecida


Gosto muito de Vasco Graça Moura. Admiro-lhe a inteligência e o bom senso, o talento e a frontalidade, além do vasto conhecimento. Gosto da maneira como escreve, da veemência com que defende as suas convicções e, em geral, costumo concordar com o que diz, em particular sobre o ensino da literatura ou, mais ainda, com as posições públicas que tem assumido contra essa aberração chamada "Acordo Ortográfico" e as suas nefastas e imprevisíveis consequências.
Por isso tive pena de não ter podido estar presente na homenagem que lhe fizeram há dois dias na Gulbenkian, num colóquio que tinha como comissário Eduardo Lourenço, que contou com comunicações de Nuno Judice, Maria Alzira Seixo ou Ruy Vieira Nery, entre outros, e que culminou com a atribuição da Grã-Cruz da Ordem de Santiago e Espada, pelo Presidente da República.
Nada mais justo! Vasco Graça Moura, que completou no ano passado 50 anos de vida literária, tem uma obra vasta e diversificada, que abrange a poesia, o romance, a crónica, o ensaio, a crítica, a tradução. Defensor da língua, da cultura e da literatura portuguesas, é um homem das letras por excelência,  exemplar perfeito do humanista, como disse Eduardo Lourenço. Por isso, todas as homenagens que lhe fizerem não serão demais. Afinal, temos tanto para lhe agradecer...

8 comentários:

  1. Deixo aqui, neste seu espaço, o testemunho da minha concordância com a apreciação que fez deste "humanista". :))
    Beijinho para si.

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    1. Pode gostar-se mais ou menos de Vasco Graça Moura, mas a qualidade da sua obra é indiscutível, acho eu.

      Beijinho para si também, Teresa.

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    2. Claro!!.. Não concordo. No entanto, também aprecio a sua obra...
      Até amanhã com outro beijinho :)

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    3. Não percebi com o que não concorda.

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    4. Ó Isabel desculpe, porque o que queria escrever é que "Não gosto" muito da sua postura, que o próprio diz não ser vaidosa mas objectiva. No entanto, reconheço e enorme dimensão e qualidade da sua obra.
      Beijinho :)

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    5. Ah, bom, agora já entendi.

      Beijinho :)

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  2. O trabalho de Vasco Graça Moura fala por si. Não precisamos de muitas palavras para definir a excelência desta figura que felizmente nasceu em Portugal.

    "Pode gostar-se mais ou menos de Vasco Graça Moura..."
    Perdoará mas discordo.
    Se não gostarmos de uma pessoa, muito dificilmente o apreciaremos de forma isenta e adequada.

    A justeza da condecoração 'agarra-se', e bem, ao seu extenso e óptimo currículo.
    Porque há quem tenha um currículo de dez páginas e não mereça relevo.
    Não é, percebe-se, o caso de Graça Moura.

    Beijinho e votos de uma boa semana, Isabel.

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    1. Digo isto de "pode gostar-se mais ou menos de VGM," porque conheço duas ou três pessoas que, sem pôr em causa o valor da obra, embirram com a pessoa, que dizem ter um ar demasiado vaidoso.
      Eu não concordo nada, mas ainda que ele fosse um pouco vaidoso perdoar-se-lhe-ia, porque tem de quê... ;)
      E também acho que quando não gostamos de uma pessoa podemos na mesma fazer uma apreciação isenta. Um exemplo: não gosto nada de Maria Rueff, mas reconheço nela um talento ímpar. Apenas não o aprecio.

      Beijinho

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