Para meu prazer e benefício, há também os dias em que a vida abranda o ritmo e o tempo parece correr mais devagar.
Nessas horas em que o relógio aparentemente se demora um pouco mais, esqueço as rotinas e desacelero os passos, solto o cabelo no vento e sigo errante pelas ruas, atenta às gaivotas que cruzam o azul do céu em direcção ao rio, às vozes e risos de quem passa a caminho de não sei onde, como eu, que me distraem dos pensamentos a querer fugir para outros lugares, e me despertam os sentidos para tantos cheiros, cores, luz, e vida à minha volta.
Quando me dou assim, ela retribui, vaidosa e sedutora, confiando-me os seus segredos em novos detalhes que julgo ver pela primeira vez. E respiro o ar de maresia que me chega ao fundo da alma e me traz uma nostálgica e romântica serenidade, eu e a cidade, enlaçadas e confundidas, como quem se ama.
É então que sinto que este é o meu lugar, porque é em dias assim, de gestos lentos e de vontades à solta, que Lisboa é mais minha. E que volto a apaixonar-me por ela.
Quando me dou assim, ela retribui, vaidosa e sedutora, confiando-me os seus segredos em novos detalhes que julgo ver pela primeira vez. E respiro o ar de maresia que me chega ao fundo da alma e me traz uma nostálgica e romântica serenidade, eu e a cidade, enlaçadas e confundidas, como quem se ama.
É então que sinto que este é o meu lugar, porque é em dias assim, de gestos lentos e de vontades à solta, que Lisboa é mais minha. E que volto a apaixonar-me por ela.
Como eu a compreendo, Isabel.
ResponderEliminarTira-se o pé do acelerador e rumamos sem bússola, respirando calmamente, observando o que nem sempre temos oportunidade de fazer.
O coração esquece as arritmias e colabora. O ansiolítico fica para trás.
O stress muda de estado, como que se esquecendo que existe.
Lisboa em direcção a qualquer lado. Evita-se o que não dá jeito porque a maioria dela, Lisboa, vale a pena.
A foto mostra a Praça D. Pedro IV, se não me engano.
Tantos anos passei por lá. Na ida para o emprego, pelo lado da pastelaria Suiça. No regresso, pelo lado oposto, para beber um refresco no Nicola.
Boa viagem, no tempo e no espaço.
Beijinho e bom fim de semana.
Lisboa é magnífica. Preciso, de tempos a tempos de perder-me nela.
EliminarJá o "ansiolítico" que refere, é coisa que felizmente desconheço em absoluto. Pelo menos até agora.
Obrigada. Bom fim de semana também para si.
Para além do texto, a foto tem um excelente enquadramento - vamos para fotógrafa...?
ResponderEliminarBeijinho :)
Quem me dera, Paulo, ser capaz de um dia chegar sequer perto disso. Trata-se apenas de emoção pura. Como naquela canção: "no peito dos desafinados também bate um coração..." ;)
EliminarBeijinho :)