segunda-feira, 5 de maio de 2014

E, de novo, a rotina...

 
Acabam as férias e volta tudo ao mesmo: o dia todo sentada à frente do computador, o sol  que fica apenas para lá da enorme janela à minha direita e o movimento da Praça lá em baixo, onde às vezes distraio o olhar, ou me concentro em mil e um pensamentos sobre as mais diversas coisas.
Horários, correrias, telefones, mails, vozes, recursos, processos, casos mais ou menos complicados para analisar, opinar, decidir, e pedaços de vidas que me chegam em papel, fragmentadas, que escondem dramas imensos e quotidianos difíceis de viver, e me deixam por vezes a sensação meio amarga, que é quase frustração, de pensar que a solução encontrada é apenas a possível e não resolve absolutamente nada.
Agora são mais três meses assim e depois chega Setembro. E, então, é outra vez a altura de mudar de vida...

7 comentários:

  1. Que secretária tão arrumada... Já a minha... Estive 3 semanas fora de Lisboa. Uma de férias e outras duas em trabalho. Confesso que voltei sem saudades nenhumas do trânsito e afins. Mas pronto... O que vale é que ainda hoje vou levantar o meu passaporte novo que para a semana há mais...

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    1. Sim, eu sou muito arrumadinha e, mais que isso, muito organizada...
      O trânsito hoje, por exemplo,e stva infernal, sabe-se lá porquê - demorei uma hora a chegar. Mas, no fundo, tudo faz parte da vida da cidade e eu, urbana até aos ossos, adoro...

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  2. Regresso à rotina. Fuja dela, Isabel. Depende de si mesmo que o tipo de trabalho seja sempre o mesmo. Que tal criar uma forma diferente de ser profissional?

    Secretárias arrumadas e organização, fazem parte do meu ADN.
    Não consigo perceber como há (muita) gente que consegue entender-se no meio da desarrumação.

    O aumento de trânsito tem explicação. Muita gente esteve ausente. Começaram a 'fugir' na Páscoa, ficaram por lá (onde quer que tenha sido) durante o período de comemorações abrilescas e, porque não, estender a coisa até ao 1º de Maio?
    Regresso? Domingo ao fim de tarde e noite.

    Faça o favor de ir espreitando o sol e, já agora, seja feliz.
    Beijinho

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    1. Ó António, poupe-me. O que isso de "uma forma diferente de ser profissional"? A rotina é inevitável, por mais apaixonante que possa ser o nosso trabalho. E não é necessariamente uma coisa má, se a nossa vida não for apenas isso. Tomar banho e lavar os dentes de manhã, por exemplo, não é uma rotina? E é bom...

      Quanto à sua explicação para o trânsito, também não me convence. O trânsito é quase como o coração: "tem razões que a razão desconhece". E nunca se percebe muito bem, ou quase nunca, por que é que às vezes há imenso e outras nem por isso. Não há grande lógica...

      Estamos hoje pois em desacordo. E sou feliz, sim. Pelo menos não tenho, graças a deus de que me queixar...

      Beijinho

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    2. Folgo em constatar o seu poder de encaixe.
      Gosto que as pessoas não estejam sempre de acordo comigo. Faz-me confusão quando assim é.
      Por consequência, admiro até quem tem a sinceridade suficiente para contrapor as minhas opiniões.

      Como sou teimoso, insisto num rotundo não à rotina.
      Imagine que nunca faço o mesmo percurso qundo me desloco a qualquer lado. Mesmo a pé.
      Rotina não ... please.

      Boa quarta-feira, Isabel, que eu vou fazer uma ressonãncia magnética.
      Beijinho

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    3. Eu também insisto... Aquilo de que falo é uma rotina à qual não se pode escapar; não é isso de não fazer sempre o mesmo percurso...
      Quer outro exemplo prosaico? A maior parte das pessoas tem um horário de trabalho mais ou menos fixo, ao qual não pode escapar. Eu, por exemplo, posso chegar entre as oito e as dez, mas se não o fizer terei de justificar muito bem justificado E isso passa por uma autorização superior. E também tenho que marcar no "ponto" a hora de entrada e saída e a hora de almoço. Isto não são rotinas?
      É disto que eu falo, como contraponto a um tempo de ócio em que temos liberdade total e podemos fazer o que nos apetece, segundo a vontade de cada momento. E só na alternância entre uma coisa e outra é que cada uma delas faz sentido.
      Eu não me refiro à rotina como a repetição de gestos sem sentido e como uma vida morna e cinzenta. É isto...

      De resto, tenho por hábito dizer o que penso, sempre. Procuro fazê-lo educadamente, ainda que às vezes me possa entusiasmar na defesa do meu ponto de vista. E respeito as opiniões diferentes da minha, claro; era o que faltava! Não quero convencer ninguém de que eu é que tenho razão, mas apenas exprimir uma opinião.

      Beijinho também para si.

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  3. Dizer o que pensa. Sou desse 'clube'.
    Se incomoda? Temos pena.

    Horários. Ui, o que havia para dizer de horários mas não temos tempo, nem espaço.
    Eu, patrão, preferiria um trabalhados assíduo a um pontual. Há diferenças e substanciais que fazem toda a diferença. O assíduo está lá, sempre, produz sem olhar a horas. O pontual chega sempre a horas mas, muitos, não produzem, de 15 em 15 minutos vão 'à bica' e tal.

    Marcar o ponto. Aí está um exercício que desconheço em absoluto. Nunca fui sujeito a essa coisa. E ainda bem. Porque sempre fiz parte dos tais que trabalham sem olhar para o relógio.

    Obviamente que no que diz respeito aos horários, há que dizer que determinados postos específicos, porque se trata de atendimento a público, pessoal ou telefonicamente, aí deve existir pontualidade.

    Vida morna e cinzenta só quando tem que ser. Mesmo assim, sempre que pudermos aligeirar o cinzentismo, it's a good thing.

    Sou pouco democrata mas ... respeito toda a gente. Toda mesmo. Dou-lhes razão desde que estejam em sintonia comigo.

    Vou abrir um parêntesis. Aqui está ele ( ... fica bem? então, a seguir ao parêntesis, considere um desafio: descubra onde usei a ironia 'todo-o-terreno'. Feche-se o parêntesis ... ). Já está.

    Beijinho e releve a leveza do comentário, se faz favor.

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