Trois allumettes une à une allumées dans la nuit
La première pour voir ton visage tout entier
La seconde pour voir tes yeux
La dernière pour voir ta bouche
Et l’obscurité toute entière pour me rappeler tout cela
En te serrant dans mes bras.
(Jacques Prévert)
Há os dias que importam, os que se esperam no desassossego alvoroçado da antecipação; e há também os outros, os que os antecedem, ou se lhes sucedem, os que parecem não levar a lugar nenhum e apenas se vivem na serenidade lógica do tempo que passa.
Era em dias assim, de maior vulnerabilidade que nem chegava a ser tristeza, que tantas vezes se virava para dentro e lhe sentia a falta, na certeza de que um abraço bastava.
E, mesmo sabendo que o amor é presença e ausência, ir e voltar, ficar e deixar partir, mesmo aceitando com genuíno e natural desprendimento essa dádiva que é ao mesmo tempo a mais difícil e a mais bonita de todas as coisas da vida, sabia que não havia olhos onde repousasse melhor, nem boca mais perfeita, nem nada que valesse o seu toque, no calor daquele abraço feito de abandono, de afecto e de intimidade, e na crença de que a sua companhia lhe trazia o céu e a felicidade.
Então deixava que o desejo lhe rebentasse pele fora a extravasar o corpo e a vontade; e punha-se a querê-lo imoderadamente, rendida à intensidade dos amores excepcionais e desmedidos, que não têm como nem porquê, e diante dos quais o melhor é entregar-se.
Era em dias assim, de maior vulnerabilidade que nem chegava a ser tristeza, que tantas vezes se virava para dentro e lhe sentia a falta, na certeza de que um abraço bastava.
E, mesmo sabendo que o amor é presença e ausência, ir e voltar, ficar e deixar partir, mesmo aceitando com genuíno e natural desprendimento essa dádiva que é ao mesmo tempo a mais difícil e a mais bonita de todas as coisas da vida, sabia que não havia olhos onde repousasse melhor, nem boca mais perfeita, nem nada que valesse o seu toque, no calor daquele abraço feito de abandono, de afecto e de intimidade, e na crença de que a sua companhia lhe trazia o céu e a felicidade.
Então deixava que o desejo lhe rebentasse pele fora a extravasar o corpo e a vontade; e punha-se a querê-lo imoderadamente, rendida à intensidade dos amores excepcionais e desmedidos, que não têm como nem porquê, e diante dos quais o melhor é entregar-se.
(Fotografia de Maria Cristina Guerra)
O amor intenso e verdadeiro fica sempre para a eternidade.
ResponderEliminarBeijinho Isabel e até, muito, breve :)
Também me parece. Mesmo quando o tempo e as circunstâncias o modificam.
EliminarEstá quase, quase, Teresa. :)
Beijinho