Como acontece com a maioria dos portugueses, esta campanha passou-me ao lado. Talvez por cansaço ou desilusão, talvez por não se centrar no que verdadeiramente está aqui em jogo e se perder pelas intrigas e mediocridades da "pequena política".
E, no entanto, embora respeitando quem toma essa opção, não posso entender nem concordar com a abstenção. Porque ela me parece reveladora da atitude tão tipicamente portuguesa e para mim quase condenável de encolher os ombros e não querer saber; e esperar depois que alguém venha resolver (milagrosamente, de preferência) aquilo que nos diz respeito. E que não deixaremos nunca de criticar.
Não consigo ver a abstenção como um protesto, uma discordância face a todas as propostas apresentadas. Nessa situação entendo ser bem mais lógico o voto branco, ou nulo. Nunca o faria, mas acho que é uma tomada de posição muito mais coerente.
É que eu posso não concordar com tudo (como a posição assumida pelo meu partido quanto ao Acordo Ortográfico, por exemplo, ou tantas outras coisas), mas sei o que não quero e aquilo em que acredito.
A mim também me tem custado na pele e na vida passar por isto que estamos a passar. Não percebo nada de economia e não sei se as soluções encontradas foram as melhores, mas sei que não quero voltar atrás.
E, por isso, apesar das dificuldades, das dúvidas e mesmo da insatisfação perante os anos difíceis que passamos, pelo que a dependência externa nos forçou a fazer, para recuperar um país à beira da bancarrota de que falava Paulo Portas, eu acho que no Domingo tenho mesmo que ir votar. E vou!
E, no entanto, embora respeitando quem toma essa opção, não posso entender nem concordar com a abstenção. Porque ela me parece reveladora da atitude tão tipicamente portuguesa e para mim quase condenável de encolher os ombros e não querer saber; e esperar depois que alguém venha resolver (milagrosamente, de preferência) aquilo que nos diz respeito. E que não deixaremos nunca de criticar.
Não consigo ver a abstenção como um protesto, uma discordância face a todas as propostas apresentadas. Nessa situação entendo ser bem mais lógico o voto branco, ou nulo. Nunca o faria, mas acho que é uma tomada de posição muito mais coerente.
É que eu posso não concordar com tudo (como a posição assumida pelo meu partido quanto ao Acordo Ortográfico, por exemplo, ou tantas outras coisas), mas sei o que não quero e aquilo em que acredito.
A mim também me tem custado na pele e na vida passar por isto que estamos a passar. Não percebo nada de economia e não sei se as soluções encontradas foram as melhores, mas sei que não quero voltar atrás.
E, por isso, apesar das dificuldades, das dúvidas e mesmo da insatisfação perante os anos difíceis que passamos, pelo que a dependência externa nos forçou a fazer, para recuperar um país à beira da bancarrota de que falava Paulo Portas, eu acho que no Domingo tenho mesmo que ir votar. E vou!
Eu soube há coisa de poucos minutos que vou para Washington no sabado logo não deverei ter outra alternativa que não ser um abstencionista. E eu que sou como os velhos que vota quando abrem as urnas logo de manha. Mas por acaso esta coisa de se só ser possivel ir votar naquele sitio especifico é também uma causa de abstenção. A mim já não é a primeira vez que não voto por estar em viagem de trabalho. Poder votar pela net é que era.
ResponderEliminarMas há o voto antecipado, para esse tipo de situações...
EliminarEsquece o voto antecipado: primeiro porque tem prazos que já passaram, depois porque obriga a entregar comprovativos que nem tenho ainda. Eu acho que pelo menos poder votar em qualquer mesa de voto já deveria ser possivel. Por exemplo, os meus pais vem domingo do Norte para Lisboa para votar (lol...). Vivem em Lisboa mas também tem assuntos a tratar no Norte. Se formos a ver, entre combustivel e portagens é um voto bastante caro. 99.999% das pessoas nesta situação compreende-se que não votem. O mundo mudou: hoje em dia há muito mais pessoas em transito que há uns anos atrás, e o processo eleitoral devia adaptar-se a isso (tipo as finanças em que se entrega o IRS pela net, com todos os problemas associados já corresponde a muitos passos em frente relativamente a ir para a fila da repartição).
EliminarAbstenção, nunca!
ResponderEliminarCampanhas eleitorais faz-de-conta, nem pensar. Gente que concorre a eleições europeias e de tudo fala menos do que interessa (a quem?) não, para esse peditório já dei.
Mediocridade é o 'nome do meio' destes políticos de meia tigela. Não há excepções.
Não é por isso que deixarei de exercer um dos meus direitos. Um gesto que deveria ser obrigatório.
Beijinho, Isabel.
Há excepções sim, António. Como em tudo na vida também na política há gente séria e competente, mesmo que possa não ser a maioria.
EliminarNão sou a favor do voto obrigatório. O que me faz confusão é que as pessoas não o considerem um dever, mais do que um direito.
Beijinho