Quando eu era pequena, passava nos jardins e lembrava-me muitas vezes de apanhar flores para levar à minha mãe. E fazia ramos maiores e mais pequenos destas pequenas flores brancas ou amarelas, que surgem no meio da relva, tão espontâneas como o nosso amor, na sua genuína simplicidade. Lembro-me de as apanhar, por exemplo, no regresso da escola, no Jardim da Casa da Moeda. E de lhas entregar como quem entrega um troféu, contentando-me com o seu sorriso de felicidade que, ainda hoje, tanta alegria me dá.
Como o melhor momento do dia de ontem: os beijinhos que me deu nos ombros, porque gosta do tom do meu bronzeado. Sempre foi assim entre nós. Desde o colo de onde conheci o mundo, que é a minha memória mais antiga, o nosso entendimento faz-se também, ou até sobretudo, de gestos, de risos e de silêncios, no que fica antes e depois das palavras, ou para além delas.
Momentos inesquecíveis, Isabel.
ResponderEliminarÉ bom sinal que os continue a viver por muitos anos.
Beijinho e que seja bem regressada.
Tento aproveitá-los ao máximo, sim.
EliminarObrigada. Beijinho