domingo, 7 de julho de 2013

A Dactilógrafa


Há filmes que faz mais sentido ver no Verão, sobretudo em tardes e noites de calor quase sufocante, contrariando a tendência óbvia de praias, esplanadas, beira-mar ou beira-rio e tantas outras escolhas de ar livre e preferindo a frescura de uma sala escura e mais ou menos vazia, sem melgas nem suores em bica.
"A Dactilógrafa" (Populaire, no original) é um filme francês de 2012, dirigido por Regis Rionsard, de quem confesso nunca ter ouvido falar antes, que  nos leva para um ambiente do final dos anos cinquenta, marcado ainda pelos traumas da guerra e pela esperança num futuro melhor.
Com Romain Duris (Louis Echard) e Déborah François  (Rose Pamphyle) nos principais papéis, o filme conta a história do dono de uma agência de seguros, descrente do amor, e da sua desajeitada secretária, unidos pelo objectivo comum de fazer dela a dactilógrafa mais rápida do mundo e tocando, mesmo levemente, em assuntos como a ambição, a perseverança e o papel da mulher à procura da sua independência, na sociedade machista do pós-guerra. E, simultaneamente, assistimos ao nascimento do amor entre ambos, num tom leve e despreocupado.  O  filme conta ainda com a presença sempre fortíssima, entre o sensual e o enigmático, de Berenice Bejo, que todos vimos em "O Artista".
Vários motivos de interesse. E, no entanto, não é um grande filme, nem um filme marcante sob nenhum ponto de vista; mas é uma daquelas comédias românticas, fresca e despretensiosa, suficientemente divertida para nos fazer passar duas horas muito agradáveis.

2 comentários:

  1. Olá, Isabel! Tenho andado "desaparecida" mas hoje vim visitar um dos meus blogs preferidos e por a leitura em dia.
    A semana passada estive para ver este filme,mas depois decidimos, eu e uma amiga, ver o "Depois da Meia Noite". Concordo com o que escreveu no começo.Com este calor insuportável nem por os pés fora de casa me apetece.Também não estou com cabeça para filmes muito elaborados. Estes assim estão bons. devo ir vê-lo. Beijinhos e boa semana!

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    1. Obrigada por isso dos "blogs preferidos".
      Quanto ao filme, é como digo do post: não é um filme marcante, mas vale a pena vê-lo, quanto mais não seja porque nos faz passar um bom bocado.

      Beijinho
      Isabel

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