domingo, 18 de dezembro de 2016

Éternité



Tardes de inverno e cinema são, para mim, uma excelente combinação. Se há um filme francês em cartaz, então, não há lugar para grandes hesitações. Tudo isto e Audrey Tatou, a eterna Amélie, levou-me a ver Éternité, traduzido como "Amor Eterno", uma co-produção franco-belga, de um realizador vietnamita que vive em França desde os treze anos, Tran Anh Hung, e de quem eu nunca ouvira falar, adaptação de um romance de Alice Ferney, L'élégance des veuves (1995), que conta também com as interpretações das lindíssimas Mélanie Laurent e Bérénice Bejo.
É um filme diferente, lento, belo, casto e requintado, a fazer lembrar os romances que líamos na adolescência, sobre a passagem do tempo e os ciclos de vida que se repetem de geração em geração. Centrado nas mulheres, conta-nos a história de vários membros de uma família francesa, do fim do século XIX aos dias de hoje, sob o olhar de Valentine (Audrey Tatou), que seguimos a vida toda, através de uma voz em off que vai fazendo a narração. Com diálogos quase inexistentes, o filme centra-se nos estados de alma mais do que nos acontecimentos, no silêncio mais do que na palavra.  É a vida que passa, inexorável, girando em volta do nascimento, amor e morte. Não é exactamente o que estamos habituados a ver; mas eu gostei...

2 comentários:

  1. Parece ter uma fotografia lindíssima...

    Faço votos de que já tudo esteja bem consigo e desejo-lhe também um Feliz Natal. :)

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    1. Tem mesmo, Luísa.

      Está tudo melhor, obrigada; até já retomei o trabalho, o que é um bom sinal. Feliz Natal e óptimo Ano Novo.
      Um beijinho :)

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