quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Madre del alma


Há dois anos, por estes dias, a minha vida mudou. Não gosto de recordar dias maus, mas é impossível esquecer aquele Domingo e os dias que se lhe seguiram, feitos de ansiedade e sofrimento. É sempre solitário o sofrimento. Sofre-se para dentro, em silêncio e solidão.
Nessa altura, como em todos os momentos bons e maus da minha vida, foi a Virgen del Rocío que me segurou nos seus braços e me levou pelo caminho, ensinando-me a aceitar a nova realidade e a aprender a vivê-la com a tranquilidade possível. É por isso que, por mais dolorosos que sejam estes dois anos em que vejo a minha mãe naquele mundo quieto e sem palavras que é agora o seu, lhe devolvo em  presença e amor e mimos tanto que ela sempre me deu, e me alegro por, apesar de tudo, a ter ainda do lado de cá da vida.
E nunca estou só, porque a Virgen del Rocío está sempre comigo. É ela que continua a ser o meu amparo e a minha força, enquanto canto para dentro "al Rocio yo quiero volver pa cantarle a la Virgen con fe, con un olé" e sonho e desejo "muy pronto" poder "volver a verla"...


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