domingo, 25 de junho de 2017

Maior que o mundo



Há quem acredite que nada é por acaso. Eu também gosto de acreditar nisso, mas no fundo sei que foi um acaso que nos juntou. Depois, a magia daquele resto de sentimento irredutível às palavras que inexplicavelmente nos aproxima e liga a certas pessoas para sempre, fez o resto.  
Hoje, fazemos de tal modo parte da vida um do outro que tenho a certeza que sem ti a minha vida não seria tão boa. Juntos, já passámos por tudo: pela alegria e pela dor, pelo riso e pelas lágrimas, pela emoção e pela raiva, pela tristeza, pelo desânimo, pela coragem, pela felicidade. Já nos zangámos, discordámos e discutimos. Já vivemos tanto os limites do bom e do mau, que hoje sobra apenas a tranquilidade serena de nos sabermos sempre um para o outro, de nos admirarmos e apoiarmos, de nos entendermos para lá dos gestos e das palavras. Hoje, gosto de ti até com o que eu não gosto, ou talvez também por isso.
Ao fim deste tempo todo, que é a nossa existência inteira, sabemos que havemos de tomar conta um do outro para sempre, e que nada nem ninguém nos pode separar, porque estamos perto mesmo quando estamos longe e porque é enorme o que nos une. E temos uma história tão longa, bonita e secreta, feita de intimidade e de partilha, que só nós conhecemos pelo lado de dentro, por muito que outros digam, julguem, ou pensem o que for sem saber de nada.
Por isso, este dia não é só teu; é meu; é nosso. E porque nas grandes amizades também há amor, tal como nos grandes amores também há amizade, nesta nossa doce harmonia que não precisa nem de nome, que é força, amparo e aconchego, eu gosto de ti mais do que sei dizer; e sei que tu sabes sem que eu o diga.

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