quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Bucólica







Quem me conhece sabe como eu sou profundamente urbana e tenho tendência para preferir visitar cidades, em vez de me deleitar  a comtemplar paisagens campestres onde imperam os tons verdes e onde não "aguento" mais de dois dias seguidos sem me começar a aborrecer.  Se é natureza, então escolho a água, seja ela mar, rio, lago ou fonte, talvez por ser do signo de Peixes, ou apenas porque sim. Mas, desta vez, porque a pandemia nos obrigou a umas férias inteiramente nacionais e diferentes do habitual, lá fui enfim visitar um sítio muito falado e que andava há anos para conhecer. E rendi-me, de facto, à beleza inigualável das casas de xisto, aos caminhos pedestres por montes e vales, ao som inesperado da água a correr, ao silêncio e ao sossego dos lugares onde a vida parece de repente deter-se. É que mesmo para quem ama a agitação citadina, o sossego e o recato temporários  também podem saber muito bem e fazer-nos sentir em paz e harmonia, virando-nos um pouco mais para dentro, deixando a vida fluir tranquila e pensando que, por mais imperfeito que o mundo às vezes nos pareça, é um lugar imensamente belo e misterioso, que se nos revela e surpreende nos mais pequenos detalhes.

2 comentários:

  1. Imagens belíssimas. Sítios de encantar. Piódão, Foz D'Égua... Visitei-os em 2017, salvo erro.

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    1. Eu só agora, mas adorei. São lugares paradisíacos, sim, mas só para visitar. Viver ali, nem pensar. 🙂

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