quinta-feira, 27 de junho de 2013

Pilates



Foi há mais ou menos oito anos que descobri o prazer e os benefícios das aulas de Pilates, das quais nunca mais consegui prescindir. E hoje, esta forma de exercício tão particular, faz parte da minha vida e constitui mesmo o momento verdadeiramente zen da minha semana.
Pilates é diferente de tudo o que experimentara e conhecera antes, porque me permite trabalhar todos os músculos do corpo sem andar a correr, que é uma coisa que eu odeio, e sem me esfalfar aos pulos. Nas aulas de Pilates, todos os movimentos são lentos, suaves e controlados.
Além disso, é também uma forma de exercício extremamente individualizada, devendo adaptar-se às características e necessidades de cada pessoa.
O método foi inventado no início do século XX por um alemão, Joseph Pilates, que pretendia superar as suas imensas limitações físicas, pois parece que sofria de problemas vários, como raquitismo, febre reumática e asma, através de diversos exercícios desenvolvidos em aparelhos que ele mesmo inventou, conjugando particularidades da medicina oriental com o estudo da anatomia e fisiologia humanas.
Influenciado pelo yoga, a meditação e as artes marciais, o Pilates ajuda a fortalecer e controlar de forma consciente todos os músculos do corpo, contribuindo também para uma maior flexibilidade, extensão e equilíbrio. Mas não é só isso. Melhora a postura, contribui para aumentar a concentração e o relaxamento, alivia o stress e, ao permitir maior consciência e controle corporal, aperfeiçoa e aprimora, até, a sexualidade. Só vantagens, portanto!...
Como sempre acontece em questões semelhantes, o Pilates expandiu-se por tudo quanto é sítio em versões muitas vezes adulteradas, que não são Pilates, nem coisa nenhuma. E que podem trazer mais malefícios do que ganhos. Uma aula com dez ou quinze pessoas, por exemplo, não pode ser levada a sério. Porque o professor não consegue estar atento a todos os alunos, nem eles deverão fazer todos as mesmas coisas. E há, também, muita gente a dar aulas de Pilates sem formação específica. Actualmente, qualquer professor de Educação Física lê um livro sobre este método e já se considera apto a dar uma aula de Pilates. Estou a exagerar um pouco, talvez. Mas esta não é uma realidade assim tão rara.
Eu tive  a sorte de encontrar uma excelente professora, séria, competente, rigorosa e muitíssimo especializada. E simpática, também, o que não é nada indiferente. O grupo também é o mesmo quase desde o início. Começámos por ser seis e agora somos só cinco, que é o número ideal. De certo modo o que nos une também já é quase amizade, o que faz com que as aulas sejam ainda mais agradáveis.
É só uma hora por semana, mas sabe-me pela vida. Porque o meu quotidiano é quase sempre a mil à hora. E esta pausa volta a pôr tudo no lugar certo: retempera  e afina o corpo, enquanto purifica a alma.
Para quem nunca experimentou, eu recomendo, pois. Numa versão a sério, claro está!...

5 comentários:

  1. Pratiquei Yoga e não gostei.Já estive tentada a inscrever-me em Pilates mas, com a primeira experiência não foi do meu agrado, sendo os gestos parecidos, ainda não me decidi.Lendo o que escreveu pode ser que sirva de incentivo...Entretanto, faço exercícios na piscina e noutros que agora estão em férias
    Bom fim-de-semana!
    Beijo.

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    1. Eu também não gosto de Yoga, Madalena. Fiz duas aulas, com professores diferentes e não gostei de nenhuma.
      Pilates (máquinas) não é nada parecido com Yoga. Eu, que sou um bocado acelerada, adoro as minhas aulas de Pilates, que dão para "abrandar".
      Mas o Yoga é parado demais para mim. Não tenho pachorra para estar ali a "morrer" ... ;)

      Beijinho

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  2. Tb detesto pulos e afins no ginásio. Tb não teria paciência para o yoga, acho. E detesto coreografias conjuntas, sou cá uma descoordenada :) Parece mais fixe, pelo que diz. Anyway, sou mais bike e caminhada, tudo ao ar livre:)

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    1. Caminhar também gosto e ainda espero fazer um dia o Caminho de Santiago. Eu habituei-me a fazer exercício a vida toda e não passo sem ele. Quando era miúda fiz ginástica rítmica durante 10 anos. Por isso, já imagina, gosto de coreografias conjuntas e não sou nada descoordenada. depois fiz todo o tipo de coisas em ginásios, mas rapidamente me fartava, porque tinha a fasquia demasiado alta, estava habituada a um nível muito exigente e os professores que fui apanhando apreciam-me todos mauzinhos.
      Mais tarde descobri os prazeres da dança: passei pela salsa, pelas latinas, experimentei oriental (que odiei - cruzes, não tem nada a ver comigo!) e descobri finalmente uma paixão: o flamenco. Andei catorze anos nas sevilhanas, primeiro e no flamenco depois. Este ano interrompi. Não é uma deus definitivo, acho eu. É um pausa , para ter certezas. E comecei a fazer máquinas, no ginásio, além de Pilates, que faço na escola de dança. Como vê, não páro! E como não tenho carro, também ando imenso a pé! :))

      Beijinho, Faty!

      (P.S - Tenho lido o seu blogue, apesar de não escrever lá nada há uns tempos. Fiel seguidora, portanto... ;)

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