domingo, 29 de dezembro de 2013

Quando o nome não é tudo...


Dos cozinheiros da moda (Avillez, Sá Pessoa, Olivier e Vítor Sobral), todos, de facto, muito bons, Olivier é talvez o meu preferido. A recordação  de um fantástico jantar numa noite de Setembro de há meio dúzia de anos no restaurante do Bairro Alto, que já nem existe, e aquele inesquecível menu de dégustation em que cada prato era de "comer e chorar por mais" é uma das minhas melhores memórias gastronómicas.  E, depois deste, já visitei outros restaurantes com a assinatura Olivier, de onde voltei sempre muito satisfeita.
Naturalmente, quis conhecer o seu mais recente espaço - Honra - situado bem no centro de Lisboa e com um interessantíssimo conceito, que consiste em reabilitar as mais tradicionais receitas, as que são genuinamente portuguesas e, por isso mesmo, motivo de orgulho para todos nós. Abriu na Primavera, no meu mês (Março), creio eu, mas ainda não tinha ido lá, pelas mais variadas razões. Fui agora.
O espaço é bonito, embora um pouco escuro e a comida excelente, como é sempre tudo o que tem o nome Olivier.
E, no entanto, o restaurante não convence. Porquê? Porque o serviço é péssimo. À chegada, houve logo um episódio desagradável: apesar de a reserva ter sido feita com três ou quatro dias de antecedência, foi uma "confusão", pois não sabiam qual era a mesa que nos estava destinada e naquele momento (que era a hora que tínhamos marcado) não havia nenhuma disponível. Resultado: cerca de meia hora à espera, ou, como alternativa, restava-nos a "mesa corrida", o que rejeitámos. Tudo isto, sendo inadmissível num restaurante deste tipo, foi tratado como se fosse uma coisa absolutamente natural, sem lugar, sequer, a um pedido de desculpas formal e convincentemente formulado. Porém, uma vez ultrapassada a questão, o serviço manteve-se pouco atencioso, demoradíssimo e muito pouco profissional. Pouco digno de um restaurante como este e da excelência a que Olivier (me/nos) habituou.
Dir-se-ia, neste caso, "no melhor pano cai a nódoa". É pena!...
Quem procura um restaurante assim não procura apenas boa comida, mas também um ambiente acolhedor e um serviço atencioso, competente e de qualidade. Comi muito bem, é verdade, mas não fiquei com muita vontade de lhes dar de novo a Honra da minha visita.

2 comentários:

  1. Não sei bem porquê mas, quando soube que o 'Honra' iria para a Praça da Figueira, fiquei de pé atrás.
    Como referi, não serei capaz de explicar com rigor o que se passou na minha mente.
    Ao que parece, acertei.

    Quanto aos 'cookers', Olivier estará, a meu ver, uns degraus acima de Avillez, Sá Pessoa e Vítor Sobral. Embora este último 'o siga' muito de perto.

    Estamos quase no final de um ano que não deixa saudades.
    Aproveito para antecipar os meus votos de que a Isabel sinta, em 2014, algo que demonstre valer a pena o esforço e o sacrifício dos portugueses.

    Um beijinho

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    1. O restaurante tem um serviço péssimo, mas a comida é muito boa. E nada a ver com o facto de estar na Praça da Figueira, acho eu.

      Quanto aos votos para 2014, eu que sou uma optimista, acredito sempre que vai ser bom, que vai ser melhor... E, desde que haja saúde, o resto está tudo bem.

      Bom Ano, António!
      Beijinho

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