domingo, 22 de março de 2015

O verdadeiro artista


Por ocasião do 61º aniversário de Herman José, que teve lugar na passada quinta-feira, o Observador publicou uma lista de expressões que a ele se devem, que rapidamente entraram na linguagem corrente, e que hoje todos utilizamos já quase sem lembrar como surgiram.
Do "Ó pra mim", a "não havia necessidade", de "a língua portuguesa é muito traiçoeira" a "eu é mais bolos", passando pelas "resmas de gajas" e o inesquecível "eu é que sou o Presidente da Junta", ali estão grande parte das expressões que Herman vulgarizou através das suas personagens e de que nós nos apropriámos depois.
Diga-se o que se disser, Herman revolucionou o humor em Portugal e é de certo modo genial, na  maneira diferente de fazer humor. Mesmo se depois se acomodou e vulgarizou um pouco. Mesmo se é indubitavelmente melhor humorista e entretainer que entrevistador ou cantor, por exemplo.
E, de resto, a prova da sua enorme grandeza e singularidade é o facto de não ter havido, pelo menos até agora, ninguém que estivesse sequer perto de o igualar. Não há no panorama do humor português nem Gatos Fedorentos e ainda menos Brunos Nogueiras, Niltons e outros que tais, que se lhe possam comparar.

2 comentários:

  1. Plenamente de acordo! Além disso é de inteligência rara, o Herman José.

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    1. O Herman é muito bom, apesar dos defeitos que se lhe possam apontar. E marcou-nos a todos...

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