sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Uma rentrée diferente



Chega Setembro e é todos os anos mais ou menos igual. Para mim, como julgo que será para quase todos os que levam a vida inteira ligados à escola, é no início de Setembro e não de Janeiro que começa um novo ano.
Setembro é assim, em cada ano, uma mistura de sentimentos: a melancolia do fim das férias de Verão e o entusiasmo de poder voltar ao princípio, as expectativas e boas intenções  diante de um novo (re)começo, com tudo o que isso tem de novidade, de esperança e de promessa de melhorias várias. Sempre gostei dos tons e dos cheiros do Outono, de regressar à escola, dos livros e dos cadernos novos, tudo pronto para estrear.
Mas este será um início de ano diferente dos outros, porque desta vez não volto à escola, embora continue perto dela. E às vezes faz-me falta, outras vezes não me faz falta nenhuma; e vou aproveitando esta tranquilidade, que também tem papéis e canetas e computadores e fotocópias, mas não tem vozes, nem gritos, nem campainhas, nem correrias, nem grelhas, nem testes, nem exames, nem reuniões, nem stress.
Por isso, este ano, na passagem de Agosto para Setembro, não há aquela vertigem da abertura do ano, o nervoso miudinho do novo horário e do primeiro dia, e de tudo o que é prazer e ansiedade, temor e novidade, expectativa e ilusão. Agora é tudo muito mais calmo, e a não ser no trânsito outra vez mais caótico e no movimento das ruas e dos lugares, quase não se dá pela rentrée que, nesta minha "nova" vida, perde sentido e impacto.
Mas não me queixo... Faltam dois dias para começar mais um ano e, daqui a nada, vou de férias outra vez.

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