terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Dia 1, Post 100



Primeiro dia de um ano acabadinho de estrear, que todos queremos acreditar vir a ser realmente novo e bom. Gosto desta sensação de recomeço que traz o início de mais um ano, do sem fim de possibilidades inteiramente em aberto que atribuímos a esses dias por viver, da alegria  de pensarmos que  tudo volta  a ser  possível.
Por todo o lado, ouve-se a enfadonha conversa da crise e das dificuldades que aí vêm, associada, muitas vezes, ainda por cima, à maldição nefasta do número 13. Eu ouço e não acredito. Ou acredito, em parte; mas a minha  natureza optimista impede-me de olhar o ano com apreensão, como se uma fatalidade qualquer estivesse na iminência de se abater sobre os nossos destinos. E, se é verdade que não percebo nada de economia, procuro, apesar de tudo, manter-me informada sobre o essencial. Acho que não é inconsciência minha, mas continuo na esperança de que possa não ser bem assim, de que as previsões mais pessimistas não passem de exagero; e, como a nossa vida é feita de muito mais do que de economia, felizmente,  creio que havemos, ainda assim, de conseguir encontrar motivos para sorrir e ser felizes.  
É, pois,  cheia de esperança, na ânsia contida de querer sempre mais e melhor, de viver plenamente cada dia, cada momento, sem querer saber como será depois, que começo este novo ano.
E não deixa de ser curioso que, neste dia de (re)começo(s), escreva o meu centésimo post. Já falei disto longamente noutros posts, mas o blog  é, para mim, entre outras, uma das coisas boas que trago comigo de 2012. Uma novidade, que  ocupou um espaço considerável na minha vida, sobretudo na segunda metade do ano e foi, simultaneamente, uma revelação e uma libertação: por tudo o que, com ele, aprendi de novo sobre mim, sobre os outros e sobre o mundo; por me ter permitido, também, abrir o coração, sem qualquer tipo de pudor de expor um lado mais íntimo, soltando emoções e sentimentos, revelando verdades escondidas no fundo do peito, sem vergonha de as assumir e guardando apenas para mim aquele reduto de intimidade que não se revela a ninguém.
Quando comecei, sem saber bem como fazê-lo e até onde isto e aquilo me levaria, mas sem pensar nisso, como é característica minha também, estava longe de imaginar que oito meses depois já teria 100 posts. É um marco, um número redondo que torna o começo do ano mais promissor.
Agora, terminados os festejos e feitos todos os votos, é tempo de retomar a rotina do quotidiano. Para mim, já a partir de amanhã, voltam as madrugadas no ginásio e os dias inteiros na DREL, diante do computador, entre processos disciplinares, respostas a estranhas dúvidas e às mais absurdas perguntas,  pareceres técnicos,  papéis; e as explicações;  e, ainda, um sem fim de afazeres e correrias que vão marcando o meu dia-a-dia, num stress que às vezes procuro e do qual, outras vezes, tento escapar-me, mas que ainda me deixa tempo para o lazer, a preguiça, os prazeres e os afectos.
Dou as boas-vindas a este ano de 2013 com o coração em paz, na certeza segura de que a felicidade é uma dádiva da vida, mas somos nós que temos que a procurar e construir. Farei por isso, pois claro!...

8 comentários:

  1. Ora aqui está um texto com o qual muito me identifico. O tal texto que não fui capaz de escrever :) Um excelente ano, Isabel!

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    1. Um ano maravilhoso também para si, Fátima!

      Um grande beijinho :)

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  2. Que seja um ano de paz. O meu tb começou bem, com a estreia de novo blogue, que constru+i de raiz. Gostoi dele e vou habituarme rapidamente ao estilo mais cool do que o anterior. Dou muita importância ao layout - deformação de autora - e adoro mudar.

    Cá continuarei....emquanto me quiser cá...e espero que tb passe por lá a deixar um recado!

    BOM 2013!

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    1. Ainda bem que começa o ano com essa garra e novidade, Virgínia!
      Passei pelo seu novo blogue, mas muito a correr. Prometo voltar, como mais tempo, para poder deter-me.
      E claro que gosto muito que continue por aqui. :))

      Um bom Ano, de novo!
      Beijinho
      Isabel

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  3. Peço desculpa das gralhas no meu post, mas estava a escrever no Ipod e não vejo nada!!

    Ando muito entusiasmada com o blogue. Tenho de recuperar o tempo perdido:))

    Bjinhos

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    1. Todos fazemos essas gralhas; sem problema algum! Não precisa de pedir desculpa. Ainda não pude ver o blog novo com atenção, mas não está esquecido... ;)
      Continue com esse entusiamo, que só pode ser bom.

      Beijinho

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  4. Detive-me neste seu texto, do qual gostei bastante e no qual, de certa forma, também me sinto retratada. Parabéns, desejos de bom ano desta desconhecida que, de vez quando, passa por aqui!!!
    Maria Vitória

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    1. Obrigada Maria Vitória, um bom ano também para si; E, bem-vinda! É tão bom saber que há gente que "passa por aqui"...

      Um beijinho
      Isabel Mouzinho

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