domingo, 6 de janeiro de 2013

Dia de Reis


“Depois de Jesus ter nascido em Belém da Judéia, (...) eis que vieram magos das regiões orientais (...)a estrela que tinham visto quando estavam no Oriente ia adiante deles, até que se deteve por cima do lugar onde estava o Menino. Ao verem a estrela, alegraram-se muitíssimo. E ao entrarem na casa, viram-no com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, prestaram-lhe homenagem. Abriram também seus tesouros e presentearam-no com dádivas: ouro, incenso e mirra. ” (Mateus 2:1,12)
 
A comemoração do Dia de Reis, de tradição cristã, baseia-se nesta passagem do evangelho de S. Mateus, a qual terá dado origem à criação da lenda dos três reis magos e, impôs, posteriormente,  o costume dos presentes no Natal.
Pouco importa a veracidade da história, tantas vezes posta em causa, por não haver, em Mateus, nenhuma informação que permita concluir  sobre a realeza das personagens; e o mesmo quanto ao seu número e aos nomes de Belchior, Gaspar e Baltazar, com que nos habituámos a designá-los, desde aquele longínquo momento da infância em que a ouvimos contar pela primeira vez. 
O que é nela mais enternecedor e comovente é a ideia da viagem solitária, mas com um fim determinado, em camelo, através do deserto, apenas guiados por uma estrela, que os iluminava e indicava o caminho. É esta dimensão mais poética que lhe confere uma aura de encantamento, que alimenta o nosso imaginário, eterniza ilusões e nos devolve a nossa infância.
Em Portugal, é uma data a que se atribui muito pouca importância e quase não se dá por ela.
Em Espanha, pelo contrário, espera-se por este dia para dar e receber os presentes, que é como deveria ser em toda a parte. E, por isso, para os espanhóis, esta é a noite mais mágica do ano, em que, de certo modo, todos voltam a ser crianças.
Há, aliás, muitas coisas que podíamos aprender com eles. A começar pela sua enorme alegria de viver. Mas isso é outra história!

Sem comentários:

Enviar um comentário