terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ao fim de um ano e meio...




Um ano e meio depois de me ter aventurado neste mundo, apercebi-me hoje, ao começar a escrever, que era a trecentésima trigésima terceira vez que o fazia. Dito de outra forma, este é o meu post número 333. É um número interessantíssimo e por isso não posso deixar de o assinalar, sem querer parecer excessivamente narcisista.
O número três está associado à perfeição, ao céu e à harmonia, por causa da Santíssima Trindade e de tantas outras trilogias, porque é princípio meio e fim, presente passado e futuro... Neste caso trata-se, ainda por cima, de uma capicua, na simetria de ser o mesmo e seu reverso que é, segundo se diz, indício de boa sorte. Tudo a ver, portanto.
É que o balanço que faço destes dezoito meses continua a ser muito positivo, mesmo se se perdeu de certo modo  a aura de novidade e encantamento dos primeiros tempos. Agora, continuo a ver um lado muito interessante e arrebatador em tudo isto, mas já conheço, também, em parte, o que pode haver  de menos bom.
Lembro-me de ao início me terem dito que a blogosfera era mais ou menos como a vida. Eu acreditei. É diferente, contudo, conhecer na pele essa verdade. Que há gente maravilhosa e gente verdadeiramente estranha, surpresas boas e más, alegrias e decepções, aprendizagens significativas e episódios que é preferível esquecer. A única diferença é não nos olharmos nos olhos. E, tal como na vida, procuro guardar só a parte boa.
Dizem-me os cépticos destas coisas que uma pessoa se expõe muito; e podem até ter razão. Eu continuo, no entanto e, apesar de tudo, a gostar de estar por aqui. Porque escrever é antes de mais um prazer e, em certos dias, é quase uma necessidade. Escrevo o que penso e o que sinto, o que me emociona e motiva, ou impressiona, sem qualquer tipo de pretensão. Não me interessa se tenho muitos ou poucos leitores, ou quantos comentários tem cada texto, não estou em concorrência com ninguém, embora, na verdade, vá estando atenta ao número de leitores e me saiba muito bem saber que há gente do lado de lá das palavras, que lê o que escrevo e que o comenta, concordando ou discordando; e que, outras vezes, apenas lê.
Às vezes ponho-me a pensar quem serão essas pessoas e como terão chegado aqui. E a minha curiosidade faz-me ter vontade de lhes conhecer as caras e saber como soam as suas vozes. Ao longo do percurso, como é natural, muitos foram ficando pelo caminho, porque afinal não eram o que pareciam, porque os seus blogues me desinteressaram e por tantas outras razões e circunstâncias. Mas há também os blogues e as pessoas que me acompanham desde o princípio, que se tornaram muito "cá de casa", que hoje continuam a ser cais e porto de abrigo, que me ensinam imenso e me mostram outros rumos, com quem tenho  aprendido muito mais do que sei dizer e pelas quais consigo sentir hoje verdadeiro apego, que é já cumplicidade, amizade e afecto.
E por isso continuo o meu caminho, peito aberto e alma ao léu, mostrando-me assim, tal como sou. E espero que continue a ser tão bom como até aqui, porque, enquanto me der prazer, fico por cá.

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