Há sempre um "fazedor de histórias" escondido no fundo de cada um de nós. São as nossas histórias que nos recriam quando estamos despedaçados, moribundos, ou mesmo destruídos. É o narrador, o fazedor de sonhos, o construtor de mitos, que é a nossa fénix, aquilo que somos no melhor de nós mesmos, da nossa criatividade.
Estas são palavras de Doris Lessing, que morreu há dois dias com 94 anos, no discurso a propósito do Prémio Nobel. E com elas encontro hoje, de novo, no Fio de Prumo de HSC, qualquer coisa que se ajusta ao meu dia.
Mesmo quando se tenta aceitar tudo com a naturalidade da inevitável passagem do tempo, há dias de desânimo e de perda, em que sobra a saudade de um colo antigo, que se sabe não voltar.
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