sexta-feira, 25 de julho de 2014

Singularidade(s) e sintonia(s)


Amigo é feito casa que se faz aos poucos 
e com paciência pra durar pra sempre 
(...) com portão bem largo 
que é pra se entrar sorrindo 
nas horas incertas 
sem fazer alarde, 
sem causar transtorno 
Amigo que é amigo
quando quer estar presente 
faz-se quase transparente
sem deixar-se perceber 
Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar, 
se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer
                       (Letra da canção "Amigo é casa", Zélia Duncan)

Que cada pessoa é única, diferente de todas as outras, é uma daquelas evidências que nem merece ser referida. Mas há nessa singularidade o mistério do que ela nos acrescenta e engrandece e modifica; e momentos em que as almas se tocam e os corpos se aproximam e os limites se dissipam, em instantes únicos, que arrebatam, que surpreendem, e que ficam guardados num segredo só nosso, feito de intimidade profunda, de partilha intensa, e da certeza doce e boa de saber o que somos, e que nos temos; e isso é tão bom... E, mesmo quando a vida se pinta de outras cores, é o azul que sobressai, cor do céu e do mar, que também nos separa, azul cor da saudade do que ainda nos falta viver e se pressente apenas no que nos ata, bem no fundo do coração.
(Fotografia de José Manuel Durão)

2 comentários:

  1. Olá Isabel! A letra é muito bonita e o seu texto magnifico. Na verdade, devagar se vai ao longe e os amigos são a enorme mais valia que a vida nos dá.
    Beijinho para si e até breve.

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    1. Digo sempre isto, Teresa, mas é mesmo verdade: os amigos são o maior e o melhor que tenho, a minha maior riqueza. :)


      Beijinho. (Para a semana falamos..)

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