domingo, 24 de fevereiro de 2013

Não gostei...



Gosto muito de cinema. Gosto especialmente daquele momento emocionante em que as luzes se apagam e há uns segundos de silêncio e escuridão, a sala toda suspensa na expectativa do que vai passar-se logo a seguir, quando o ecrã enorme se ilumina e o filme começa.
Mas, desta vez, não gostei. Não sei explicar porquê, mas os filmes muito cotados para receber os Óscares não costumam ser aqueles que mais me atraem. Provou-se uma vez mais. De Paul Thomas Anderson já tinha visto Magnolia, há uns anos, (o filme é de 1999) e lembro-me de ter gostado muito. A apresentação deste The Master (O Mentor) não me entusiasmara especialmente, mas, depois, li tanta coisa a dizer tão bem do filme que acabei por me decidir.
O filme passa-se nos anos cinquenta, e apresenta-nos um veterano da marinha norte-americana, Freddie Quell, profundamente afectado pela guerra, alcoólico, nervoso, violento e imprevisível, à procura de si e de refazer a sua vida; e o seu relacionamento com  Lancaster Dodd, personagem inspirada no fundador da cientologia, líder de uma espécie de seita chamada "A Causa" e defensor de uma estranha terapia, que se apresenta como "romancista, doutor em física nuclear e filósofo teórico" e que decide protegê-lo. Entre ambos estabelece-se então uma relação de mestre e discípulo, feita de atracção e repulsa, de poder e submissão, de proximidade e distância, que é, no fundo, a essência do filme.
São notáveis, de facto, as interpretações, em especial as de Joaquin Phoenix e de Philip Seymour Hoffman. E, no entanto, este é um filme que  não me tocou, nem conseguiu emocionar-me. Acontece...

6 comentários:

  1. Engana-se , Isabel, este filme quase foi ignorado pelo juri dos Oscares e não foi nomeado para melhor filme sequer.

    Na minha crítica, escrevi que é um filme estranho e inquietante e que nem toda as pessoas apreciam a incógnita...

    Mas só pelas interpretações vale a pena ver....e para mim, por muitas outras coisas mais...

    Fui ver outro esta semana que não vale mesmo a pena: Notas de Amore, enfim, para passar o tempo vá....

    Bom Domingo!

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    1. Sim, não foi nomeado para melhor filme, mas os actores sim. Também achei o filme um pouco estranho, mas inquietante não tanto. Acho que de facto são as interpretações que fazem o filme valer a pena. Mas também achei Adrian Brody excepcional no "Substituto" e acho que não foi nomeado. Enfim, os Óscares também têm muito que se lhe diga...


      Resto de bom Domingo, Virgínia!
      Beijinho

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  2. Tem o Joaquin Phoenix? Oh deus, não posso perder, mesmo se não apreciar muito o resto :) :) :)
    Bom domingo, Isabelinha.

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    1. Obrigada, Fatinha!
      Pois se é fã do Joaquin Phoenix, não perca! Ele é extraordinário. Vale a pena ver o filme por ele, sem dúvida.

      Bom resto de Domingo. Beijinho
      Isabelinha :)

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  3. Ufa! Que alívio! Explico: só vejo pessoal falar bem deste filme e não gostei nada. Até disse que não devia estar naqueles dias com paciência para problemas do foro psiquiátrico.
    O começo do seu post adorei...não diria melhor.
    Beijinhos e uma feliz semana!

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