segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Uma amizade especial

 
O mais bonito das amizades é o que há nelas de inexplicável, naquele resto de sentimento irredutível às palavras e em tudo o que experimentamos e sabemos sem precisar de o dizer.
Entre nós existe um segredo que ninguém conhece nem poderia compreender, imune a tudo o que lhe é exterior, feito de silêncios e do que nos vamos contando, de descobertas subtis, de intimidade e de partilha.
Não importa o que foi, o que poderia ter sido ou será, mas somente o que é hoje, agora, tu aí e eu aqui, cada um com a sua vida e, ainda assim, ligados por um fio invísivel que deixa às vezes  a distância fazer-se mais pequena, na magia dos instantes em que de repente nos sentimos muito perto e, com os corações em sintonia, percorremos um caminho que não sabemos onde vai dar e  se vai descobrindo de uma forma totalmente livre, sem pressa nem destino, sem se questionar nem deter, deixando as palavras e o tempo fluir. Apenas isto.
A nossa amizade é uma daquelas coisas abençoadas e incompreensíveis, que surge não se sabe como nem porquê, que se vai tornando enorme, que o tempo e a distância tornam ainda mais cúmplice, que nos enche a alma e o coração, na certeza doce e terna de sabermos como é forte e especial o que nos une e no esplendor emocionado deste laço que tem um nó muito apertado.
Não quero que te habitues mal, mas sim, desta vez (só desta!), isto é para ti. Porque este dia é teu!...
(Fotografia de Paulo Abreu e Lima)

10 comentários:

  1. Bonito texto.

    Não sei bem o que são amizades duradoiras, embora as tenha. Pouco me dou com amigas, fui sempre um pouco arisca, embora esteja disposta a fazer tudo pelas poucas que conservo. Tenho amigos também e com mais facilidade, talvez.

    Foto maravilhosa do Paulo, tirada nos Açores, pois claro!

    Bjo

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    1. Obrigada, Virgínia.
      A amizade de facto pode ser das mais belas coisas da vida.

      A fotografia do Paulo, dos Açores, obviamente, é tão bonita como todas as outras.

      Beijinho :)
      Isabel

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  2. A flor diz-me muito!Somos conterrâneas de gema.
    Obrigada pelo texto e pela bela Hortência!
    Beijinho.

    Madalena Amaral.

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    1. Nunca estive nos Açores, Madalena, mas algum dia será.

      Beijinho
      Isabel

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  3. Bom, sou suspeita...mas garanto-lhe que as ilhas açorianas são referências de belezas naturais mundiais!Não vivo nos Açores.Tenho a minha residência perto de Lisboa, há 25 anos...Quando lá for conte-nos coisas. Já sei que tem imenso jeito!
    Beijinhos.

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    1. Obrigada. Contarei, mas não sei bem quando. A minha ida aos Açores não está (ainda) prevista.

      Beijinho
      Isabel

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  4. Adorei este seu post! Doce, terno, profundo, subtil... Parabéns!

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