quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O meu céu


Olho lá para fora e o meu olhar distrai-se agora em muito mais coisas. Já não é só uma nesga de céu com os aviões a passar de cinco em cinco minutos, vistos através de uma abertura pequena, num canto escuro onde o sol não chega e mundo exterior parece nem existir.
Agora, a parede inteira é uma enorme janela rasgada sobre a Praça e é como se, neste pedaço de bairro, tão característico, eu visse a cidade inteira a meus pés, a agitar-se nas rotinas de um quotidiano que é seu, meu, nosso.
Aqui há vida! Há as pessoas que caminham lentas ou apressadas, há os barulhos e as luzes e o movimento das ruas, que vão sendo diferentes consoante as horas do dia. Há a estátua bem ao centro, em primeiro plano, na direcção dos meus olhos, a abençoar-nos e a lembrar que isto é Lisboa, o que seria impossível esquecer ou ignorar...
E depois há o sol, há imenso sol, a estender-se pela chão, pela mesa, e a aquecer-me as pernas à tarde.
Só eu sei como me sabe bem este silêncio e este sossego. E como esta tranquilidade me permite trabalhar mais e melhor.
No fundo, é tudo muito simples. Às vezes, muitas vezes, basta um pequeno pormenor para se ser mais feliz.

2 comentários:

  1. A Praça de Alvalade voltou a ter o interesse de outros tempos.
    Rejuvenesceu, está uma 'senhora'.

    Não me custa acreditar no que li. Porque às vezes, basta um pequeno pormenor para se ser mais feliz.

    Beijinho e bom fim-de-semana, Isabel.

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    1. Eu acho que esta Praça e este bairro sempre aliaram tradição e modernidade na perfeição. Gosto muito desta zona, sempre gostei e mais ainda agora que há quatro anos a sinto mais minha.

      É isso. Há pormenores que fazem toda a diferença.
      Obrigada e igualmente. Beijinho

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