sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Vida e Alma



(Fotografia de Neuza Ayres)

Ontem, uma vez mais, estive no lançamento de um livro de Helena Sacadura Cabral, que é sempre um momento de festa.
Não costumo simpatizar especialmente com aquelas pessoas muito consensuais, de quem toda a gente gosta muito. Em geral, tenho tendência para preferir as personalidades controversas, que se amam ou odeiam com semelhante intensidade.
A Helena é, porém, uma excepção; talvez a única. Porque ela é, de facto, um ser humano extraordinário, que consegue, para lá do inevitável aparato mediático, fazer de cada um destes lançamentos um verdadeiro encontro de amigos, com toda a alegria que é lhes é própria. E que é, também, capaz de se emocionar e de emocionar-nos pela maneira sincera como abre o coração e fala do Miguel e do que sente e do que pensa; e do seu "caminho das pedras." E como mantém sempre o sorriso, e a força, e alegria de viver. É que, como ela diz, a vida vai-se vivendo em cada dia, em cada hora. E tem às vezes um lado muito negro. Mas é possível, ainda assim, "realizarmo-nos e ter prazer com isso".
O livro tem um título lindíssimo: Vida e Alma, é em formato mais pequeno do que o habitual, e de capa dura. Diferente dos outros, diz a Helena. Porque o que ela quis fazer, inicialmente, foi um livro de orações. E depois achou que ainda não era a altura. Este é um livro de sentimentos e de pensamentos, de um caminho de encontro consigo e de tudo o que a ajudou a viver este difícil ano e meio. É por isso que o dedica ao padre Tolentino de Mendonça.
"Espero que goste!", disse-me. Ainda não o li, apenas o folheei, mas sinto e sei, no fundo do coração, que sim. Vou gostar, Helena! Porque é "o olhar íntimo de que tanto necessitamos"; e porque também eu "acredito no valor das palavras" e que é "através delas que o mundo se muda". As palavras da Helena transmitem-(me) sempre sabedoria, sensatez e serenidade. E, cada vez que estou com ela, sinto que a Helena é já uma amiga. Estou certa de que muitos sentirão o mesmo.
É talvez isso que explica que para a ouvir e lhe dar um abraço haja sempre gente de todas as idades e das mais diversas proveniências, que ela recebe com o seu magnífico sorriso, inteira disponibilidade e afecto genuíno. Ontem, até o Pai Natal lá esteve; vejam só...


8 comentários:

  1. Isabel, desculpará mas não consigo palavras para adjectivar HSC.
    Uma grande senhora e outras 'coisas' mais que não me vêm, agora, à ideia.

    HSC 4ever. Se o termo me é permitido.
    Beijinho

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    1. HSC é uma pessoa muitíssimo especial, com direito a lugar no meu coração. Chega?

      Beijinho para si também.

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  2. Há duas semanas tirei uma série de fotografias da Helena - estava mais informal, embora linda como sempre. Aqui está de arrasar...

    Quanto ao resto, há poucas palavras que lhe sirvam na perfeição. Olhe, "Perfeita" pode ser uma delas.

    Beijinho :)

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    1. Eu também a acho sempre linda, porque tem uma luz especial.
      "Perfeita" pode ser uma boa palavra sim, Paulo, mas ainda assim não consegue dizer tudo. Para a Helena, como diz, teríamos de inventar palavras.

      Beijinho :)

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  3. Meus queridos amigos se eu fosse perfeita estava no céu. Sou alguém que "gosta de gostar" e a quem Deus abençoou com essa qualidade. Nada mais e já é muito. Porque o resto é o olhar de quem gosta de mim. E esse olhar é que faz toda a diferença. Bem hajam por terem cruzado a minha vida!
    Aos três o meu abraço.
    Um dia hei-de conhecer o Observador.

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    1. Minha querida Helena: não gosto de falar em nome dos outros, mas tenho a certeza que o Paulo e o António me acompanham neste sentimento de que o privilégio é nosso.
      De resto, para mim é sempre um prazer e uma honra receber a sua visita, aqui, na "minha casa".
      Ainda bem que "gosta de gostar". Nós também gostamos muito de si. E os afectos são, sem dúvida, a parte mais importante da vida.

      Um abraço mesmo muito apertadinho. :)

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    2. Estimada Helena, um dia terei o privilégio de a conhecer pessoalmente.
      São pessoas como a Senhora que fazem sentido nas nossas vidas ou, pelo menos, nos nossos pensamentos e ideias.
      Bem haja.

      Isabel, desculpará a intromissão que tenho a certeza ser compreendida e aceite.

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    3. Intromissão nenhuma. Esteja à-vontade. Aqui toda a gente é bem-vinda, desde que venha por bem. (É um lugar-comum, eu sei, mas não deixa de ser verdade).

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