quinta-feira, 18 de junho de 2015

Reviravolta(s)

 
Antes:
 - El profesor me ha suspendido porque me tiene manía.
 - Ya! Hasta que apruebes, lo único que te voy  dejar es respirar y te voy a tatuar la suela de la zapatilla en el culo por cuparle al professor.

Ahora:
 - El profe me ha suspendido porque me odia.
 - No te derrumbes cariño. Ahora mismo te compro la "play" y después nos vamos al cole con papi a montársela a ese cretino.

4 comentários:

  1. Tendo em conta a minha experiencia no secundário não vejo que fosse como em 1969. Aliás era mais "os pais contra os professores".
    No tempo em que a generalidade das pessoas tinha a 4a classe era normal que o papel do professor fosse menos confrontado. Hoje em dia as coisas mudaram e muitos pais já tem sentido critico que lhes permite por alguns métodos em causa.
    Por exemplo, a minha criança este ano teve uma professora com grandes capacidades humanas e de criação de empatia com os alunos, o que é importante para a motivação dos mesmos. Do ponto de vista técnico tem algumas lacunas. E porque afirmo isto com clareza? Porque tenho à vontade o dobro das habilitações naquelas áreas de conhecimento, portanto ter sentido critico sobre o trabalho dela é inevitavel. E já agora, seria preferivel um.professor com muitos conhecimentos técnicos mas que não sabe lidar e motivar os alunos?
    Sentido critico não é mau: quer dizer que já não vivemos no tempo do Portugal profundo, e é um ponto sem retorno, portanto a escola também tem de se adaptar ao novo país e aos novos pais e em como lidar com eles, até porque o maior aliado que um professor pode ter são os pais. No final tudo se resume a relações humanas. Um boneco como o de cima em que os pais são apresentados como "inimigos" é um tiro no pé para a escola.

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    1. Sérgio, por favor, poupe-me: "sentido crítico" não é mau, mas o que se passa é que os pais de hoje acham que sabem tudo quando na verdade não sabem nada. Opinam sobre o escola como se lá estivessem quando na realidade não têm a mais pequena ideia do que lá se passa, incluindo com os seus próprios filhos. E, lamento, mas são eles que hoje vêem em cada professor "um inimigo", ou pelo menos uma pessoa cuja actuação é susceptível de ser criticada, quando a esmagadora maioria não está sequer habilitada para o fazer. Podia contar-lhe mil histórias e multiplicar exemplos, mas nem vale a pena. "Um boneco como o de cima" traduz a realidade do modo como hoje os pais lidam com a escola, sim, e qualquer professor corroborará isto.
      Os pais, de um modo geral, demitiram-se quase totalmente da sua função de educadores, querem que a escola faça o seu trabalho e o deles, mas depois só a criticam. Acreditam sempre nas versões dos filhos sobre tudo e mais alguma coisa e põem tudo em causa. Os filhos são cada vez mais arrogantes e mal-educados, falam com os professores de igual para igual e nem percebem que isso não é correcto, porque estão habituados a falar da mesma maneira com os pais. E não pense que isto é exclusivo de classes sociais de um nível socio-económico mais baixo. É antes o contrário... Com excepções, claro, como em tudo. Falo de uma maneira geral. Há professores medíocres, claro que sim, como há pessoas incompetentes em todas as áreas profissionais. Mas no caso da educação por haver uma exposição maior está-se mais sujeito à "opinião pública" que adora opinar sem saber do que fala.
      Diz que "o maior aliado que um professor pode ter são os pais" e eu concordo em teoria, mas a realidade não é de todo essa, posso garantir-lhe; e não é por causa dos professores...

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  2. Eu sou mãe de um jovem estudante que sempre deu muito problemas de indisciplina na escola, e acredite que não foi culpa de má educação dada pelos pais, mas sim porque ele é assim mesmo, e nunca eu o desculpei pelas suas falhas principalmente falta de educação para com os professores, travei uma luta inglória, porque ele apesar de ser repreendido e castigado voltava sempre a ter as mesmas atitudes e nunca reconhecia que o erro era dele mas sim dos professores, que não o deixavam levantar, que não o deixavam falar, etc, e até hoje ele me culpa que eu sempre fui amiga dos professores, nunca o defendi, apenas porque eu não tolerava estas faltas de respeito que ele tinha na sala de aula. É muito dificil ser encarregada de educação de um miudo com estes problemas, mas nunca me demiti do meu dever, sempre fui à escola todas as vezes que fui chamada, e muitas outras em que ía só para saber como as as coisas corriam, tive professores muito compreensivos que me ajudaram bastante assim como a ele, mas outros que assim não o entenderam, mas felizmente foram uma minoria. Para limpar um pouco a minha imagem de que a falta de educação que ele por vezes demonstrava, e que a culpa não era pela mesma vir de casa, a minha filha frequentava a mesma escola, teve algumas vezes os mesmos professores e quando se inteiravam que eles eram irmãos percebiam e compreendiam que ele não tinha aquelas atitudes pela falta de educação que recebia em casa.

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    1. Pode ser, Helena, há sempre excepções, obviamente, mas em geral não é isso que se passa.
      É fácil pelo comportamento e atitude dos alunos perceber o que se passa em casa e quando se conhece os pais, então, percebe-se melhor ainda...

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