terça-feira, 9 de abril de 2013

A falta que a sesta me faz



Sou de dormir muito! Porque preciso e porque gosto. É verdade: além da óbvia necessidade, dormir é, também, um enorme prazer. Mas, dito isto, o caso é que  não consigo, nem gosto de deitar-me cedo. E esta mistura mais ou menos explosiva faz com que tenha sempre sonos atrasados que chegam até, em certos dias, a afectar-me o humor. Tal e qual como os bebés.
Um sesta resolvia o assunto. Dizem os entendidos que a sesta é benéfica para a memória e melhora a capacidade de aprendizagem. Não sei se isto está provado cientificamente, mas acho que os espanhóis é que estão certos. Nada como um soninho durante o dia, no início ou no fim da tarde, tanto faz, mas que resolvesse esta moleza que se me instala no corpo a seguir ao almoço e que, em incessantes pedidos de descanso, me tira a força e me impede a concentração no que tenho de fazer. Farto-me de dizer, por aqui, que o trabalho me renderia muito mais se pudesse ir a casa e voltar depois de uma sesta, revigorada. E que até saía mais tarde, às oito ou nove, sem problema algum. Mas ninguém me liga nenhuma.
Lembro-me de como, quando era pequena e a sesta era uma obrigação, eu me revoltava e resistia, fingindo que dormia quando me iam espreitar, inventando mil e uma coisas para fazer naqueles momentos e esforçando-me por me manter bem acordada, nem que fosse só para contrariar uma imposição que me parecia tão descabida.
Agora, ironicamente,  é ao contrário. Levanto-me cedo (excepto aos fins de semana), mas sempre com a sensação de que ainda não dormi tudo o que precisava de dormir. Depois lá desperto, e em tomando banho e bebendo um café, ambos absolutamente obrigatórios, a manhã corre com normalidade. À tarde é que é pior...
Hoje, então, que além de pouco dormi mal, porque acordei várias vezes, o que nem é nada costume, só sonho em estender-me no meu sofá e anseio por uma maravilhosa sestinha que, infelizmente, tenho a certeza que não vai acontecer...

8 comentários:

  1. Idem aspas, Isabelinha, o sono é-me essencial e a falta dele é o cabo das tormentas :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É que eu gosto mesmo de dormir! E preciso...
      E hoje isto não está fácil :)

      Beijinho
      Isabelinha

      Eliminar
  2. Sempre dormi sestas - quando podia - e sabiam-me pela vida. Acho que o meu equilíbrio e vem das sestas que dormi e ainda duro...a qualquer hora, por vezes dormia das 11 ao meio dia e ia dar aulas as 13.30. Outras vezes dormitava das 5 as 6 antes de ir buscar os filhos ao infantário. Ainda hoje adoro estar na penumbra do quarto, mesmo sem dormir, a descansar de olhos fechados.

    Compreendo tudo muito bem....as vezes apetecia-me deitar-me na sala dos professores:)))

    Bjo

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu, se pudesse, era todos os dias... Quando estava na escola, às vezes ainda tinha tempo para isso, ao final da tarde e mais excepcionalmente a seguir ao almoço. Mas agora, já nem sei o que isso é. Só em férias...
      E as minhas sestas nunca são na cama. Sempre, sempre, no meu sofá...

      Beijinho

      Eliminar
  3. No sofá é que não.

    Só na cama e com as persianas semi fechadas.....

    Os meus filhos tb são apologistas de sestas e vinhem muitas vezes para casa do Colégio, nem queriam almoçar, só queriam dormir....

    É uma instituição que devia ser obrigatória!!!

    Desculpe-me as gralhas:)))

    ResponderEliminar
  4. Em tempos, em NYC, dormia umas sestas de dez matemáticos minutos. Chegavam. Hoje em dia, não consigo controlar o tempo de uma sesta e, por vezes, acordo perdido, sem saber onde estou e que hora do dia será. Uma sensação horrível.

    Beijinho:)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu nunca tenho essa sensação horrível. Acordo sempre revigorada e cheia de energia. O meu tempo de sesta é que é variável. qualquer coisa entre vinte minutos e uma horita. Já é bom! Agora vêm aí duas semaninhas de férias, felizmente, nas quais vou poder repor todos os sonos em atraso ;)

      Grande beijinho, Paulo! :)

      Eliminar